A Petrobrás apresentou à FUP nesta quarta-feira, 19, uma contraproposta econômica, que reajusta a tabela da RMNR em 6,5%, o que representa ganho real
A Petrobrás apresentou à FUP nesta quarta-feira, 19, uma contraproposta econômica, que reajusta a tabela da RMNR em 6,5%, o que representa ganho real entre 0,9% e 1,2% para os trabalhadores da ativa. Para os aposentados e pensionistas que repactuaram, fica mantido o IPCA do período (5,24%), cujo adiantamento será pago ainda esse mês aos trabalhadores das bases cujos sindicatos assinaram o Termo de Antecipação da Inflação. A empresa também propõe pagar aos trabalhadores da ativa um abono referente a uma remuneração integral ou R$ 4.000,00, o que for maior, descontando o valor da antecipação paga durante a quitação da PLR.
Os sindicatos e a direção da FUP, reunidos no Conselho Deliberativo, consideraram a contraproposta da Petrobrás insuficiente e indicam sua rejeição, bem como greve de 24 horas no próximo dia 26. No dia 28 de setembro, o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir para definir os próximos passos da campanha salarial. A FUP orienta os sindicatos a iniciarem as assembleias a partir desta quinta-feira (20) para que os trabalhadores se posicionem sobre os indicativos.
Regramento das PLRs futuras
Os sindicatos também deverão discutir nas assembleias o regramento das PLRs futuras para que os trabalhadores se posicionem sobre o fechamento desta negociação durante a campanha salarial e a possibilidade da categoria não discutir o adiantamento da PLR 2012, enquanto não houver acordo em relação ao regramento.
Indicativos para as assembleias:
– Rejeição da contraproposta da Petrobrás. Assembleia permanente.
– Estado de greve.
– Greve de 24h no dia 26 de setembro.
OBS: Os sindicatos também discutirão o regramento das PLRs futuras nas assembléias.
Todos ao ato unificado das categorias em luta, nesta quinta pela manhã, na Avenida Paulista
Nesta quinta-feira, 20, os petroleiros participam junto com os bancários, metalúrgicos, químicos e trabalhadores dos Correios de uma grande mobilização na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação fortalecerá as pautas das categorias do setor privado e público que estão em campanha neste segundo semestre, pressionando os patrões e o governo a avançar nas negociações. Os bancários e trabalhadores dos Correios já estão em greve e os petroleiros também irão parar por 24 horas no próximo dia 26. O ato na Avenida Paulista terá concentração das 06h00 às 09h00, em frente ao Bradesco, no número 1.450. A FUP reforça a importância dos sindicatos enviarem caravanas com trabalhadores para tornar o ato ainda mais representativo.
Petroleiros da Bahia param em solidariedade aos terceirizados
O Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Setor Privado teve adesão total dos petroleiros da Rlam, Fafen e Temadre, na Bahia. A categoria aderiu à paralisação que teve início pela manhã. Nenhum petroleiro entrou para trabalhar. A categoria mostrou que é solidária aos cerca de 300 trabalhadores terceirizados da Leme e Tenace que estão em greve desde segunda-feira (17).
Houve também mobilizações nesta quarta-feira no Rio Grande do Norte, na base operacional do Canto do Amaro, onde os trabalhadores próprios e terceirizados atrasaram em mais de quatro horas o expediente. No Paraná e em Santa Catarina, o Sindipetro realizou panfletagens em todas as bases da Petrobrás e Transpetro, distribuindo um folheto explicativo sobre as condições inseguras do trabalho terceirizado na Petrobrás e as propostas da CUT para acabar com a precarização gerada pela terceirização. No Espírito Santo, o sindicato transferiu as mobilizações para a próxima quarta-feira, 26, quando serão realizadas atividades em todas as bases, envolvendo trabalhadores próprios e terceirizados.
Direção Colegiada da FUP