Protestos do Movimento Passe Livre

Protestos do Movimento Passe Livre

As manifestações legítimas dos jovens que tomaram as ruas de várias cidades do país, pela redução das tarifas do transporte público, ganharam contornos nacionais, extrapolando a pauta inicial. Mais do que uma reação contra as tarifas, as manifestações mostram que os trabalhadores, estudantes e a sociedade como um todo querem avanços nas políticas públicas e um país com justiça social.

Por isso, a FUP orienta os sindicatos e conclama os petroleiros a somarem-se às manifestações pacíficas, em defesa da democracia e da soberania nacional, contra os leilões de petróleo e pela utilização social dos recursos gerados por essa riqueza.

Vamos levar nossas bandeiras vermelhas e reivindicações para que os royaties e demais recursos gerados pela indústria de petróleo sejam utilizados em benefício do povo brasileiro e não do capital privado. Defendemos o uso e controle social desses recursos para que sejam aplicados pelo Estado na educação, saúde, moradia e demais políticas públicas estruturantes.

Estamos diante de um momento histórico, onde a população está indo às ruas espontaneamente reivindicar direitos e participação. Para os movimentos sociais, esse processo não se encerrará mesmo que haja a redução do preço das passagens.

Não podemos, portanto, permitir que setores conservadores e a extrema direita distorçam o teor democrático das manifestações, tentando impor sua pauta reacionária. Esse, sem dúvidas, é um momento de aglutinarmos forças e avançarmos na pauta histórica da classe trabalhadora.

A IV Plenafup aprovou um amplo calendário de lutas contra os leilões de petróleo, com mobilizações nos dias 15 de julho e 05 de setembro, bem como ações políticas para evitar retrocessos que reduzam a participação do Estado no controle das nossas reservas.

Na semana passada, a FUP e outrasorganizações sindicais e populares realizaram um seminário inédito, que discutiu uma proposta de desenvolvimento para o país, onde a indústria nacional seja umelemento estruturante para enfrentar a desigualdade social, com distribuição de renda e geração de empregos decentes.

É sobre tudo isso que as ruas se manifestam. Essa luta também é nossa. Vamos juntos exigir avanços e combater os retrocessos.

 

Fonte: Imprensa FUP