A CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais protestam nesta quarta-feira (15) contra o Projeto de Lei 4330/04, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa. O texto-base, aprovado pela Câmara dos Deputados em 8 de abril, teve a votação de emendas e destaques iniciados nesta terça-feira (14) e a expectativa do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha, é concluir todas as votações durante esta semana. O projeto ainda passará por votação no Senado antes de ser enviado para a sanção presidencial.
O objetivo é que todas as categorias paralisem suas atividades pela quantidade de horas que cada uma julgar adequada. O Sindipetro vai seguir o indicativo e realizará manifestações nas principais unidades da Petrobrás no Paraná e Santa Catarina.
Além de cruzarem os braços, muitos empregados vão se reunir em protesto em algumas as capitais. Em Curitiba, o ato é na parte da manhã, às 11h30, na Praça Santos Andrade.
Para o presidente da CUT, todos os movimentos ligados à esquerda precisam se unir contra o projeto de terceirizações. “O Congresso está promovendo a demissão dos trabalhadores. Temos de explicar para o povo que todos eles podem acabar demitidos e terceirizados para ganhar metade do salário”. Freitas explica que dos 50 milhões de brasileiros com carteira assinada, 12 milhões trabalham em regime terceirizado. “Se fosse um projeto para melhorar as condições de trabalho desses 12 milhões – que trabalham mais, adoecem mais, se acidentam mais e ganham menos – a CUT concordaria. Mas não é isso. Querem terceirizar os outros 38 milhões”.
Assembleia na Repar
Junto aos protestos contra o PL 4330 desta quarta-feira (15), o Sindicato realiza assembleia na Repar para debater e deliberar sobre a compensação das horas relativas às vésperas de feriados na Repar. Trata-se de uma pauta exclusiva dos trabalhadores enquadrados no horário administrativo, a qual tem gerado conflito entre a gestão de recursos humanos da refinaria e o Sindipetro Paraná e Santa Catarina.