Fafen Resiste

Reabertura da Fafen PR: Audiência no TST reforça importância da recontratação dos demitidos para garantir a segurança operacional

Petrobrás solicitou prazo até o dia 15 de abril para apresentar um plano de suspensão da hibernação e admissão dos trabalhadores que farão a retomada da fábrica

 

No dia 05 de fevereiro, representantes da FUP, do Sindiquímica PR, do Sindimont PR, da Petrobrás e da Araucária Nitrogenados (ANSA) participaram de audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para discutir a situação da Fafen Paraná. A reunião foi convocada pelo ministro do TST, Maurício Godinho Delgado, em resposta à Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná, que denuncia a ANSA por danos morais e ambientais desde 2020, quando a fábrica foi fechada.

 

Um dos principais pontos tratados na audiência foi a segurança do processo de retomada da operação da Fafen, que está hibernada desde março de 2020. Os sindicatos reforçaram a necessidade da recontratação dos trabalhadores da ANSA que foram demitidos após o fechamento da fábrica.

 

Parecer jurídico apresentado pelo ex-Procurador-Geral do Estado do Paraná, Sandro Marcelo Kozikoski, recomenda a readmissão desses trabalhadores, dado o elevado grau de experiência e conhecimento da planta. O jurista reforça que esta seria a melhor forma de garantir a segurança de todo o processo de retomada da fábrica de fertilizantes, da revisão e manutenção dos equipamentos à entrada em operação.

 

Especialista em Direito Processual Civil e professor da Universidade do Estado do Paraná, Kozikoski realizou um estudo detalhado, que demonstra a capacidade técnica dos ex-empregados e o profundo conhecimento que eles têm da Fafen-PR, já que a maioria trabalhou por cerca de 20 anos na planta.

 

Petrobrás pede prazo até 15 de abril. Trabalhadores querem retomada já
Os representantes da Petrobrás e da ANSA solicitaram prazo até o dia 15 de abril para apresentarem uma proposta de retirada da fábrica da hibernação e admissão dos trabalhadores.

 

Os dirigentes sindicais enfatizaram que quanto mais tempo a fábrica ficar hibernada, mais complexo é o processo de retomada da operação. Eles chamaram atenção para a expectativa dos trabalhadores demitidos, que há quatro anos lutam para ter seus empregos de volta.

 

“É inadmissível que até hoje a gestão da Petrobrás não tenha um planejamento para retomada da fábrica, sendo que a reabertura da Fafen já foi autorizada pelo presidente Lula e pela diretoria da empresa. Não temos mais tempo a perder”, afirmou o diretor da FUP e do Sindiquímica PR, Ademir Silva, conhecido na categoria como Mãozinha.

 

Na terça-feira, 06, a FUP participou de uma nova reunião com gerentes executivos da Petrobrás para tratar de questões referentes ao setor de fertilizantes. Os dirigentes sindicais tornaram a cobrar uma comissão de negociação permanente para discutir e acompanhar o processo de reabertura da Fafen PR, das obras de conclusão da Fafen MS e da retomada das fábricas da Bahia e de Sergipe.

 

“Reforçamos que não podemos esperar uma resposta da empresa até o dia 15 de abril. Os trabalhadores e o Brasil precisam de um plano imediato de reabertura da Fafen Paraná”, afirmou Mãozinha.

 

Da imprensa da FUP