Trabalhadores da Petrobras protestaram contra a tentativa de privatização de quatro refinarias, inclusive a Repar. A maior batalha desta geração de petroleiros está apenas começando.
A reação da categoria petroleira veio menos de 24 horas após o anúncio de que Pedro Parente, presidente ilegítimo da Petrobrás, pretende privatizar quatro refinarias e seus ativos logísticos (dutos e terminais). Trabalhadores das refinarias Presidente Getúlio Vargas (Repar-Paraná), Abreu e Lima (RNEST-Pernambuco), Landulpho Alves (RLAM-Bahia) e Alberto Pasqualini (Refap-Rio Grande do Sul) protestaram contra a venda das unidades com atraso de duas horas na entrada do expediente desta sexta-feira (20).
Petroleiros de outras unidades da Petrobrás se solidarizaram e também realizaram manifestações, como aconteceu no Terminal Transpetro de Vitória, no Espirito Santo, e nas refinarias Gabriel Passos (Regap-Minas Gerais), Capuava (Recap-São Paulo) e Isaac Sabbá (Reman-Amazonas). Ainda pela manhã, o Sindipetro PR e SC realizou uma reunião setorial com os trabalhadores do Terminal Transpetro de Paranaguá tendo como pauta a privatização.
As mobilizações desta sexta-feira marcaram o início de uma longa jornada de luta da categoria petroleira contra o desmonte da empresa. “Os atos de hoje foram apenas o começo da guerra que temos pela frente contra Pedro Parente e os demais golpistas da direção da empresa e governo federal. As reuniões setoriais estão debatendo as formas de ação contra a privatização e logo em seguida serão convocadas assembleias para deflagrar uma grande greve por tempo indeterminado. Será o maior desafio da atual geração de petroleiros”, explica Mário Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC.
O modelo de privatização apresentado pela direção da empresa na quinta-feira (19) prevê a venda de 60% das quatro refinarias e seus sistemas integrados de logística. O impacto do plano significa a perda de comando da Petrobrás em quase todas as unidades localizadas no Paraná e Santa Catarina. “A Petrobrás quase deixará de existir nos dois estados e os prejuízos para os governos locais e municípios com bases da empresa serão gigantescos. Vamos lutar até o fim para que isso não se concretize”, complementa Dal Zot.