Reivindicação do Fórum de Defesa da Petrobrás chega à ONU

Advogada com assento permanente na Organização das Nações Unidades (ONU), Micòl Savia, se compromete em denunciar aos órgãos internacionais a privataria da Petrobrás, além de outros desmandos contra a soberania nacional promovidos pelo atual governo federal

 

Comprometimento internacional.  O Fórum de Defesa da Petrobrás promoveu uma conversa (20) com a jurista italiana Micòl Savia. Foram levadas ao seu conhecimento diversas denúncias contra a atual administração Bolsonaro. “Esse governo não está queimando só a Amazônia. Está queimando direitos dos trabalhadores, direitos sociais e nossas riquezas.  Primeiro ele deveria pensar em resolver nossas dificuldades sociais, para depois querer se desfazer do que é do povo”, disse Mário Dal Zot, presidente do Sindicato dos Petroleiros de Paraná e Santa Catarina (SindipetroPReSC), local da conversa com a advogada da ONU.  

 

Micòl atualmente mora em Genebra, Suíça, onde se encontra a segunda maior sede da Organização das Nações Unidades (ONU), faz parte da Associação Internacional dos Advogados pela Democracia. Ela está há três semanas percorrendo diversas regiões do país e irá elaborar um documento sobre a tragédia em Brumadinho (MG) e a situação dos trabalhadores em empresas de minério. Micòl também se comprometeu em levar aos órgãos internacionais as reivindicações contra a privatização da Petrobrás, que pode ter como consequência um desequilíbrio social ainda maior no país.

 

A advogada iniciou sua fala explicando a dificuldade em abordar direitos fundamentais em regiões com tamanha desigualdade: “sabemos que o interesse privado está preocupado em maximizar seus lucros. Os governos que seguem essa agenda promovem medidas de desestabilização econômica em países como o Brasil”. Ao lado de Micòl, estavam petroleiros e membros do Fórum, representados por Mário Dal Zot, assim como Eduardo Borini Mansur e Gabrielle Tosin Soares (trabalhadores da Copel Telecom e membros da Associação em Defesa das Estatais do Paraná) e Ivete Caribé da Rocha, que faz parte do coletivo Advogados e Advogadas Pela Democracia e da Casa-Latino Americana (*foto).

 

Durante a conversa, Mário Dal Zot, presidente do SindipetroPReSC, explicou que “é preciso denunciar de alguma forma o que está acontecendo no Brasil. Que você leve a nossa voz para as Nações Unidas, pois está muito claro que a Declaração Universal dos Direitos Humanos está sendo desrespeitada por aqui”.  Para Micòl, “toda Nações Unidas está muita atenta a figura pública que é o presidente do Brasil, além disso, há uma falta de confiança do povo na justiça e isso me impressionou muito”.

 

Para o presidente do Sindipetro, “a riqueza do Pré-Sal é do povo brasileiro. Nós deveríamos sentir os benefícios disso. Infelizmente o Brasil está fazendo o caminho inverso, tendo um Estado que abre mão dessa riqueza para entregar às multinacionais, que lucrarão ainda mais”, concluiu.  O Fórum de Defesa da Petrobrás vem realizando diversas atividades contra o desmanche do Sistema Petrobrás, neste LINK você pode acessar a página do Face e participar das atividades.  

 

Por Regis Luís Cardoso.