Rendição de turno por pelegos gera confusão na Repar

Episódios lamentáveis marcaram a manifestação dos petroleiros e petroleiras da Repar pela solução dos problemas da pauta local e aumento do efetivo próprio como forma de garantir a segurança, realizada na tarde de ontem (27) pelo Sindipetro Paraná e Santa Catarina.

 

O problema começou quando os manifestantes perceberam que o gerente de produção acionou o contingente pelego da empresa para assumir os postos de trabalho dos que participaram do protesto e atrasaram a troca de turno das 15h30. Porém, a empresa liberou parte do turno anterior, em geral os que não se curvam à empresa e tampouco caem em sua política de cooptação.  

 

Os petroleiros de luta que estariam entrando e parte dos que foram rendidos pelos ratos reagiram imediatamente e se negaram a assumir os postos caso algum roedor fura-greve permanecesse nas unidades. Se acaso isso acontecesse, a direção da refinaria teria que se virar com seus mercenários de plantão. Gerentes e direção da Repar tiveram que engolir a condição imposta pelos trabalhadores e retiraram seus fantoches da área.  

 

Este contingente pelego presta um desserviço à categoria petroleira e agem como verdadeiros ratos hipnotizados pelos aceno da empresa com cargos de confiança e avanços na carreira. É composto basicamente por ex-operadores que foram cedidos para o administrativo e há anos deixaram de exercer a função para qual foram contratados.

 

A única justificativa possível de se imaginar é que os pelegos estão sentindo falta das horas-extras geradas nos conflitos entre empresa e trabalhadores, quando dormiam dentro da refinaria durante os tradicionais cortes e rendição, e que acabaram com a nova forma de mobilização da categoria. Afinal, para eles vale tudo pelo dinheiro. Ontem deram mais uma demonstração ratoeira do ponto a que podem chegar, traindo descaradamente a luta por segurança. Enquanto uns vão para luta, outros aproveitam para puxar saco de gerente, talvez por não se garantirem como profissionais precisem fazer o uso da patifaria.

 

Depois desse golpe traiçoeiro que ultrapassou em longe os limites do tolerável, o Sindicato incluiu na pauta da Assembleia de amanhã o seguinte ponto:

 

“Debate e Deliberação quanto à expulsão / exclusão do quadro associativo do Sindipetro PR/SC os pelegos que renderam de modo irresponsável os operadores durante o período de mobilização da categoria, pois, além de contundente prática antissindical, expuseram ao risco pessoas, equipamentos e o meio ambiente, considerando que há muito tempo estão afastados da área em questão.”

 

 

Nova Manifestação

A mobilização na Repar vai continuar com a Operação PT Única e um novo protesto está marcado para esta quinta-feira (29), durante a entrada do administrativo. As ofensivas sindicais não vão cessar até que a empresa resolva os problemas da pauta local, como o desjejum e a higienização das toalhas, e reabra as negociações para a recomposição do efetivo próprio.

 

Assembleia

O Sindipetro Paraná e Santa Catarina promove nova assembleia nesta quinta-feira (28), em sua sede de Curitiba, às 17h30 em primeira convocação com quórum de 50% do quadro associativo mais um ou às 18h00 com qualquer número de participantes.

 

Além do ponto de pauta já citado acima (expulsão dos pelegos), a assembleia vai avaliar e deliberar sobre o movimento de greve por tempo indeterminado, com realização da Operação PT Única.