Repar: Trabalhadores aprovam pauta do Sindicato e defendem a tabela de turno atual

Decisão foi tomada em assembleias realizadas pelo Sindipetro PR e SC

 

 

Em assembleias ocorridas entre os dias 06 e 10 de dezembro, os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, aprovaram o indicativo da FUP e Sindipetro Paraná e Santa Catarina de referendar a proposta apresentada à empresa na mesa de negociação: manutenção das atuais tabelas de turno, através de um termo aditivo ao Acordo Coletivo.

 

A orientação do Sindicato é que os petroleiros da Repar não participem da pesquisa elaborada pela gestão da Petrobrás que dispõe de 3 opções de tabela de turno, todas piores que a atual.

 

As propostas de nova tabela foram decisão unilateral da empresa. A FUP entrou com pedido de intermediação junto Tribunal Superior do Trabalho (TST) para buscar uma solução ao problema. Com isso, o movimento sindical petroleiro pretende garantir a abertura de tratativas com a empresa sobre a mudança da tabela de turno.

 

A Federação e os sindicatos tentaram abrir a negociação pela via amigável, inclusive protocolando no dia 28 de novembro um pedido junto à Petrobrás para que se garantisse um prazo mínimo, a fim de discutir em assembleias com a categoria sobre todas as questões que envolvem a tabela de turno. No entanto, a direção da Petrobrás foi intransigente.

 

Nas reuniões que os sindicatos tiveram com representantes da empresa, os gestores não responderam questionamentos sobre o saldo AF (acúmulo de folgas), novas regras de férias e trocas impostas pela empresa.

 

Os sindicatos entendem que o problema dos baixos efetivos é o principal causador da geração de custos para a Petrobrás devido as dobras de turno que impactam no repouso semanal remunerado, no interstício e no sétimo dia, ou seja, em todos os critérios apresentados pela empresa para a definição de novas tabelas. Tais critérios não foram oficializados às entidades de representação da categoria

 

A direção da Petrobrás desqualifica o processo negocial e os sindicatos ao impor uma pesquisa de forma unilateral e com participação individual dos trabalhadores.

 

O resultado da assembleia mostra que a categoria compreendeu que os gestores da empresa querem resolver um problema da própria gestão e desrespeitam a coletividade dos petroleiros organizada em sindicatos.

 

A não participação na pesquisa já é uma primeira resposta de resistência contra os absurdos da empresa. Em caso de qualquer tipo de assédio de chefetes, denuncie ao Sindicato pelo e-mail denuncia@sindipetroprsc.org.br.

 

Ao impor a mudança na tabela, a Petrobrás desrespeita seu próprio Código de Ética, que diz no item 2.1 que a empresa busca “promover condições de trabalho que propiciem o equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar de todos os empregados”.