Os petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária-PR, atrasaram a entrada do turno das 07h30 e do horário administrativo por
Os petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária-PR, atrasaram a entrada do turno das 07h30 e do horário administrativo por duas horas nesta terça-feira (26) em protesto contra o desrespeito aos procedimentos de segurança e condições de partida das novas unidades e em repúdio às propostas da Petrobrás para a quitação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2011 e regramento das PLR’s futuras.
Além do atraso, os petroleiros realizam durante toda esta terça a operação Permissão de Trabalho Única, que consiste em limitar a apenas uma liberação de PT por vez. Somente após a conclusão e inspeção do serviço ocorre nova emissão.
Durante o protesto, dirigentes do Sindipetro Paraná e Santa Catarina explicaram os motivos da manifestação. Em relação à segurança, o principal problema está, segundo informações colhidas junto à base, no ritmo acelerado para a liberação e partida das novas unidades. Para piorar, há relatos de desobediência aos protocolos de segurança da própria empresa. O Sindicato repudia tal política de insegurança e vai partir para o embate. “Metas não podem colocar em risco a segurança dos trabalhadores e da unidade. O fator sorte tem sido preponderante na partida das novas unidades. Não vamos aceitar tal truculência”, disse Silvaney Bernardi, presidente do Sindipetro.
Sobre a PLR, os sindicalistas ressaltaram que as propostas de quitação da PLR 2011 e para o regramento das participações nos lucros futuras não atendem as reivindicações da categoria. A Petrobrás apresentou uma proposta que reduz em 15,73% o piso em relação ao valor de 2010 e ainda prejudica os trabalhadores com menores remunerações. Já a proposta de regramento das PLRs futuras também não contempla os anseios dos petroleiros e ainda piora o atual modelo de distribuição que tem sido acordado com os trabalhadores. “Queremos a definição de regras claras e que ponham fim a esta novela anual na distribuição dos lucros construídos pela categoria”, exigiu Bernardi.
O protesto surpresa foi aprovado nas assembleias realizadas nos dias 19 e 20 de junho, quando as proposições da empresa acerca da PLR foram rejeitadas por unanimidade pelos petroleiros do Paraná e Santa Catarina. Novas manifestações acontecerão a qualquer momento, em diferentes bases de representação do Sindicato.