A cena chega a ser patética. A empresa, a fim de atingir suas metas de cursos de reciclagem das normas regulamentadoras e permissões de trabalho, impõe aos trabalhadores um curso meramente virtual. O trabalhador senta em frente ao computador, lê o texto e responde um questionário ao final. E pronto. O trabalhador está qualificado! Quanta besteira…
Ao invés de investir em um modelo de treinamento com cursos presenciais e material didático de qualidade, dispõe um software e o trabalhador faz o “treinamento” durante a jornada normal de trabalho. A mediação do aprendizado é tarefa única e exclusiva do computador. Se o aluno tiver dúvidas, vai conversar com a tela, o mouse e o teclado.
Trata-se de um modo da empresa ocultar a falta de efetivo, pois o trabalhador não realiza o curso em um ambiente com dedicação exclusiva e acaba exercendo sua função durante o treinamento.
O modelo ideal seria uma sala de aula, com trabalhadores se capacitando e debatendo as normas de segurança, com a mediação de um profissional qualificado.
Por isso o Sindipetro Paraná e Santa Catarina orienta o boicote total a esses cursos. A qualificação profissional é o primeiro instrumento de combate aos acidentes e deve ser levado a sério.
“Quem ensina, aprende ao ensinar. E quem aprende, ensina ao aprender”
Paulo Freire