Sindipetro participa da posse da deputada Vanessa da Rosa na Alesc

Mestre em educação, Vanessa é a segunda mulher negra a assumir mandato na Assembleia de Santa Catarina

Davi Macedo – Sindipetro PR e SC

 

Após um lapso temporal de 89 anos, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) voltou a ter uma mulher negra no cargo de deputada estadual com a posse da professora Vanessa da Rosa nesta quinta-feira (19). Antes dela, a também professora Antonieta de Barros ocupou a função pública no estado, em 1934.

 

Foram quase nove décadas sem nenhuma mulher negra sendo eleita para assumir um mandato na Alesc. Vanessa assume como deputada no lugar do deputado Padre Pedro Baldissera (PT), que se licenciou por um mês. Ela ficará no exercício da função até o dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

 

Vanessa é mestre em Educação pela UFSC, especialista em História da Arte pela Univille e em Educação de Jovens e Adultos pela Universidade de Brasília (UNB). Também é ex-secretária da Educação de Joinville e professora há 33 anos, da educação básica ao ensino superior. Disputou as eleições em 2022, conquistando 16.832 votos. É a primeira suplente de deputada estadual pelo Partido dos Trabalhadores.

 

O Sindipetro esteve representado neste momento histórico de Santa Catarina pelo diretor Jeancarlo de Souza Penha. “Significa muito para a diversidade na política catarinense. Apesar do pouco tempo de mandato, a deputada poderá mostrar o quanto é importante ter uma mulher professora e atuante no movimento negro na Alesc. Eu, como homem preto e representante dos petroleiros e petroleiras de Santa Catarina e Paraná não poderia faltar a essa posse. A diversidade de raça deve ser algo a ser conquistado não apenas na política, mas em todas as esferas da sociedade, sobretudo na Petrobrás. Empresas com diversidade em sua gestão são comprovadamente mais eficientes e humanizadas”, relatou.

 

Ainda falta muito para que a diversidade de raça presente na sociedade se reflita nos espaços de poder. Embora 27% da população feminina brasileira se declare de raça negra, mulheres negras representam apenas 2% no Congresso Nacional.

 

Com informações da Agência Alesc