Sindipetro PR e SC, 60 anos de luta e representatividade

Confira as celebrações e contribua para homenagear a história do Sindicato.

O Sindipetro PR e SC celebra neste 15 de junho seus 60 anos de existência. Ao longo de seis décadas, essa instituição se consolidou através de diferentes gerações de petroleiros e petroleiras como uma voz incansável na luta pelos direitos dos trabalhadores, sempre visando os princípios de solidariedade, igualdade, democracia e humanismo e o compromisso classista.

 

Fundado em 1963, em meio à efervescência da campanha “O Petróleo é Nosso!”, o Sindicato nasceu com o propósito de proteger a soberania nacional e garantir que os trabalhadores do setor de petróleo tivessem seus direitos respeitados.

 

Desde sua fundação, o Sindipetro PR e SC desempenhou um papel fundamental na defesa da categoria. Em um contexto político turbulento, que incluiu o golpe militar de 1964 e a perseguição aos sindicalistas, o Sindicato se manteve firme e resistente, representando os trabalhadores em momentos desafiadores.

 

Durante os anos 70 e 80, o Sindipetro PR e SC ampliou sua atuação e sua base territorial, estendendo inclusive a sua representatividade para os trabalhadores de Santa Catarina. Na década de 90, o Sindicato enfrentou os desafios impostos pela política neoliberal, que resultaram em precarização e desinvestimento no Sistema Petrobrás. No entanto, os petroleiros se mantiveram unidos e mobilizados, protagonizando greves e manifestações históricas em busca de melhores condições para a categoria e para a empresa.

 

Com a chegada do século XXI, o Sindicato que já era uma voz atuante na defesa dos direitos trabalhistas e seguiu na busca por uma Petrobrás forte e soberana. Os petroleiros e petroleiras foram protagonistas na eleição do operário Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da república, o que aumentou os investimentos na empresa, levando assim à descoberta do Pré-Sal, em 2006, e proporcionando mudanças significativas no cenário político e econômico do país.

 

Mas, apesar dos avanços, os ataques das forças neoliberais continuaram. Poucos anos depois, a Lava Jato ganhou grande cobertura da mídia, sendo apresentada como uma operação de combate à corrupção. No entanto, vazamentos da Wikileaks revelaram que Sergio Moro e sua conduta tinham o objetivo de criar uma narrativa distorcida sobre os investimentos no pré-sal e os desvios decorrentes da corrupção. No entanto, o tempo provou que esses desdobramentos tinham como objetivo tirar vantagens políticas e atender aos interesses dos Estados Unidos.

 

A partir de 2016, com o apoio do centrão, os conservadores no Congresso Nacional abriram caminho para o golpe da presidenta Dilma. Michel Temer assumiu a presidência e nomeou Pedro Parente como presidente da Petrobrás. A partir desse momento, a estatal adotou a prática de Preços de Paridade de Importação (PPI) e anunciou um plano de desinvestimentos que incluía privatizações de refinarias e ativos logísticos, o que atingiu não apenas a categoria, mas também o povo, que sofreu com os constantes aumentos dos combustíveis e a inflação.

 

Durante os governos de Temer e Bolsonaro, os ataques aos sindicatos ganharam força ao passo que os governos aceleravam o processo de privatização da companhia. Entre 2016 e 2022, cerca de 418 ativos foram colocados à venda, dos quais 268 foram vendidos ou arrendados.

 

Atualmente, a reversão do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária, e da entrega da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, são umas das principais pautas do sindicato. A eleição do presidente Lula, mais uma vez com o apoio da categoria, resgatou o diálogo com os trabalhadores e trouxe a esperança da retomada do controle do refino e da produção de fertilizantes pela estatal.

 

Os petroleiros e petroleiras têm resistido às privatizações e lutado por uma Petrobrás capaz de garantir preços justos e a soberania energética do país. A resistência à privatização e a busca por preços justos para os combustíveis continuam sendo bandeiras importantes dos petroleiros.

 

Ao completar 60 anos, o Sindipetro PR e SC pode olhar para trás e se orgulhar de seu legado que, ao longo de sua história, tem sido uma referência na luta pelos direitos dos trabalhadores sem deixar de lado os seus ideais, contribuindo para o fortalecimento da categoria.

 

Neste momento de celebração, é importante reconhecer a importância dessa instituição e de todos que, ao longo desses 60 anos, se dedicaram incansavelmente à causa. Que essa trajetória inspire as futuras gerações de trabalhadores a seguirem firmes na defesa de seus direitos e na construção de um país mais justo e igualitário. Parabéns, Sindipetro PR e SC, pelos 60 anos de luta e representatividade!

 

Celebrações aos 60 anos do Sindipetro PR e SC

Nesta quinta-feira (15), ocorre a abertura do 10º Congresso Regional Unificado dos Petroleiros e Petroquímicos. Na ocasião, um bolo será cortado para comemorar o aniversário do Sindipetro PR e SC. A solenidade também irá oficializar a posse a nova diretoria do Sindicato e contará a participação de autoridades políticas, representantes de movimentos sociais, centrais sindicais e instituições parceiras.

 

Mas os 60 anos do Sindicato é sem dúvida um marco histórico e contará com diversas homenagens. Por isso, um Grupo de Trabalho foi criado para pensar e desenvolver ações para celebrar essa data. Festa, livro, documentário e túnel do tempo são algumas ideias que estão sendo desenvolvidas para celebrar a data que neste ano será comemorada no dia 15 de julho, no Espaço Torres / Paraná Clube, na Avenida Presidente Kennedy, 2377 – Curitiba (PR).

 

Contudo, o Sindicato pede a ajuda dos petroleiros e petroleiras para contar melhor essa história. Se você tiver alguma foto ou vídeo de movimento da categoria, compartilhe com o Sindicato. Também serão aceitos empréstimos de uniformes e equipamentos de uso pessoal que carreguem simbolismos da categoria.

 

Para colaborar, você pode enviar seus arquivos por e-mail: 60anos@sindipetroprsc.org.br, falar com os diretores de base ou ainda ligar para o Sindicato (41 3332-4554). Sua contribuição é muito importante para resgatar a história da nossa categoria.