As assembleias com os trabalhadores das unidades da Petrobrás Transporte (Transpetro) no Paraná e Santa Catarina para decidir sobre a greve por tempo indeterminado terminaram na manhã de hoje (18), com três sessões no Terminal Aquaviário de Paranaguá (Tepar). As votações apontaram pela deflagração do movimento paredista em todas as bases da Transpetro.
Desta forma, os empregados dos terminais terrestres de Biguaçu (Teguaçu), Itajaí (Tejaí) e Guaramirim (Temirim), bem como dos terminais aquaviários de São Francisco do Sul (Tefran) e Paranaguá, vão aderir à greve, cuja data será definida na próxima reunião do Conselho Deliberativo da FUP, que começa na quarta-feira (23), em Brasília-DF.
Confira o resultado da votação por unidade:
TRANSPETRO
Tepar – Paranaguá
81,8% a favor da greve
5,5% contrários
12,7% abstenções
Tefran – São Francisco do Sul
64,5% a favor da greve
22,6% contrários
12,9% abstenções
Temirim – Guaramirim
72,7% a favor da greve
18,2% contrários
9,1% abstenções
Tejaí – Itajaí
80% a favor da greve
5% contrários
15% abstenções
Teguaçu – Biguaçu
62,5% a favor da greve
25% contrários
12,5% abstenções
PETROBRÁS
Nas unidades da Petrobrás no Paraná e Santa Catarina as assembleias continuam até a próxima terça-feira (22). Apenas na base dos Ativos de Produção Sul a consulta já foi encerrada. Confira os resultados:
Ativos de Produção Sul – Itajaí (encerrado)
66,7% a favor da greve
0% contrários
33,3% abstenções
Repar – Araucária (resultado parcial)
80,9% a favor da greve
9,3% contrários
9,8% abstenções
SIX – São Mateus do Sul (resultado parcial)
82,8% a favor da greve
5,2% contrários
12,0% abstenções
Nesta quinta-feira, 10, a Transpetro enviou à FUP, um documento solicitando reunião de negociação do ACT dos trabalhadores da subsidiária, nos dias 14 e 18 de setembro, no Rio de Janeiro. Assim como fez com a Petrobrás ontem (09/09), a Federação respondeu oficialmente à Transpetro, reafirmando que não participará de nenhum processo de negociação segmentado por subsidiárias do Sistema Petrobrás.
A luta dos trabalhadores é para preservar a Petrobrás como empresa integrada de energia. Fatiar o processo de negociação, portanto, vai na direção contrária do que cobram os petroleiros. A FUP e seus sindicatos não endossarão um modelo de negociação que tem por base a segregação da categoria, abrindo caminho para a diferenciação de direitos.
A Federação estará reunida na sexta-feira (11) para deliberar sobre os próximos passos dos petroleiros na construção da greve nacional.
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Fonte: FUP
O Sindipetro realiza onze sessões de assembleia entre os dias 28 e 31 de agosto para debater e deliberar junto aos trabalhadores sobre a mobilização e greve a partir do dia 04 de setembro nas bases da Transpetro no Paraná e Santa Catarina. A pauta das assembleias também prevê análise de conjuntura e da campanha reivindicatória 2015.
A proposta de greve foi determinada pelo Conselho Deliberativo da FUP, que voltou a se reunir na última terça-feira (25) e aprovou um novo calendário de lutas para barrar o desmonte do Sistema Petrobrás, cujos impactos já estão ocorrendo em várias unidades do país, com milhares de demissões de trabalhadores terceirizados e cortes em despesas, que colocam em risco conquistas históricas da categoria. Além disso, os gestores da empresa já deram início à venda de ativos estratégicos, como parte da BR Distribuidora e a reestruturação da malha de gasodutos. Para responder a esses ataques, a FUP e seus sindicatos indicam uma greve nacional dos trabalhadores da Transpetro, a partir do dia 04 de setembro.
O movimento é uma resposta da categoria ao descaso da direção da Petrobrás, que até agora não respondeu a pauta política protocolada pela FUP no dia 07 de julho. Ao longo desse período, houve apenas uma reunião com o RH da Petrobrás, no dia 15 de julho, onde a FUP e seus sindicatos defenderam uma a uma as reivindicações da Pauta Política, propondo mudanças no atual Plano de Negócios e Gestão, cobrando a suspensão imediata da venda de ativos e a retomada dos investimentos. Para arrancar um posicionamento da empresa, os petroleiros ainda estabeleceram prazo até o dia 21 de agosto para que os gestores respondessem à categoria. A postura da direção da Petrobrás, no entanto, é de total descaso com a Pauta Política. Além do silêncio em relação às reivindicações, a empresa autorizou a abertura de 25% do capital da BR Distribuidora, reduziu as metas de produção de petróleo, está abandonando projetos estratégicos e reduzindo investimentos fundamentais para preservar o Sistema Petrobrás, como uma empresa integrada de energia.
Confira as datas, horários e locais das assembleias:
BASE |
LOCAL |
DATA |
HORÁRIO |
Paranaguá/PR |
Em frente ao TEPAR – Grupo 1 |
28/08/2015 |
08h00 |
Em frente ao TEPAR – Grupo 5 |
28/08/2015 |
08h30 |
|
Em frente ao TEPAR – Grupo 4 |
28/08/2015 |
16h00 |
|
Em frente ao TEPAR – ADM |
31/08/2015 |
07h20 |
|
Em frente ao TEPAR – Grupo 2 |
31/08/2015 |
08h00 |
|
Em frente ao TEPAR – Grupo 3 |
31/08/2015 |
08h30 |
|
Guaramirim/SC |
Em frente à portaria da operação |
31/08/2015 |
09h00 |
Itajaí/SC |
Em frente ao Tejaí |
31/08/2015 |
12h30 |
Biguaçu |
Em frente ao Teguaçu |
31/08/2015 |
15h00 |
São Francisco |
Em frente ao Tefran – Adm |
28/08/2015 |
12h30 |
Em frente ao Tefran – Operação |
28/08/2015 |
15h00 |
*O Edital de Convocação de Assembleia está disponível nos anexos abaixo.