Uma série de problemas tem tornado o trabalho dos petroleiros do Serviço Compartilhado do Terminal de São Francisco do Sul (Tefran) um verdadeiro calvário. A maioria deles está relacionada à gestão local ruim. Não à toa, a gerência obteve uma das piores avaliações na pesquisa de ambiência do Sistema Petrobrás. Existem reclamações de falta de transparência nas avaliações para avanço na carreira e até atraso nas promoções como instrumento de punição e repressão.
Práticas antissindicais também foram denunciadas por petroleiros do setor. Perseguição, punições verbais, suspensões e até expulsão de funcionários do setor foram relatadas. As relações de trabalho ficam ainda piores por causa das metas absurdas, sobretudo no setor do suprimento. Por outro lado, as reclamações e sugestões dos trabalhadores para melhorar a execução dos serviços não são levadas em consideração.
O código de ética é levado à risca quando o assunto é reclamação dos petroleiros. Quando se trata de direitos e respeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), não há ética alguma. É o caso do descumprimento do acordo sobre as horas de sobreaviso, que gera um grande acúmulo de passivos trabalhistas. O Sindicato luta há mais de um ano pela solução do impasse, mas a gestão local empurra o problema com a barriga.
Cabe lembrar que o histórico das relações trabalhistas do setor é de desrespeito aos direitos dos trabalhadores. Em um passado não muito distante, essa mesma gerência chegou a negar o fornecimento de novos uniformes e o pagamento de horas extras. O Sindicato teve que intervir para resolver o problema.
A situação do Comparti-lhado de São Francisco do Sul requer ações contra-ofensivas. O Sindipetro vai tratar das medidas a serem tomadas junto com os petroleiros.