Subnotificação de acidentes é mais uma das “regras de ouro” no Tepar

 

A gestão do Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar) segue à contramão do que pregam as 10 regras de ouro. Muito se é cobrado para a realização dos treinamentos teóricos. Entretanto, observa-se que a prática das tais regras não é uma conduta presente. Essa administração, focada nas aparências, tem como consequência o que todos já sabem, um acidente atrás do outro. Como a atual gestão não tem comprometimento com a segurança dos trabalhadores, sempre procura manter por debaixo dos panos os incidentes e acidentes que ocorrem.

 

Na última semana foram registrados duas ocorrências no Tepar. O primeiro foi na última terça-feira (04), durante o preparativo para uma parada de manutenção no píer, quando um trabalhador terceirizado quebrou um dedo após cair um flange de mangote em sua mão. O segundo aconteceu no domingo (09), durante a parada. Houve um incêndio no sump tank do píer. Graças à atuação força de trabalho que estava no local, o fogo foi rapidamente controlado e extinto. Como consequência, trabalhadores foram encaminhados para avaliação médica e também houve danos aos equipamentos da unidade.

 

 O sistema de combate a incêndio no Tepar está nitidamente degradado. Semanalmente se faz necessária a manutenção para sanar furos e demais problemas. O rápido controle do fogo mais uma vez livrou os trabalhadores de uma emergência com danos maiores.

 

O Sindipetro PR e SC frequentemente adverte a gestão do Tepar sobre a possível ocorrência de um acidente com danos irreversíveis aos trabalhadores ou à unidade, seja no boletins ou nas reuniões de pauta local. Os gestores, por sua vez, ignoram os alertas e mantêm suas posturas irresponsáveis ao tentarem esconder ao máximo os acidentes e não dar as tratativas necessárias. Para piorar, mesmo sem nenhuma gestão de mudança ou comunicado formal, autorizam os grupos de turno a trabalharem com efetivo menor do que o mínimo necessário para dar atendimento às eventuais emergências.

 

Um ponto positivo dessa última loucura da gestão da Companhia foi deixar evidente que alguns supervisores sabiamente não acataram tal comando irresponsável e continuam a manter o grupo mínimo de operadores, dando condições mínima de segurança a si e aos seus pares de turno.

 

Diante de todos esses acidentes, o que está claro é que a sorte tem ajudado. A dúvida é até quando ela estará ao nosso lado.