Nesta segunda-feira (08), o trabalhador Luis Gustavo Osik Neves, de apenas 25 anos, contratado pela prestadora Tecline Engenharia no Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar), faleceu no Hospital Regional do Litoral, após permanecer internado desde a noite de domingo (07), devido a um grave acidente na BR-277, em Paranaguá (PR), enquanto fazia sua última entrega da noite para complementar a renda familiar.
A tragédia expõe a precarização crescente enfrentada pelos empregados das terceirizadas que atuam no Sistema Petrobrás. Contratos rebaixados, garantias insuficientes e descumprimento de obrigações mínimas compõem a rotina de profissionais que, mesmo dentro da maior companhia do país, lidam com insegurança, salários atrasados e instabilidades.
Nesse cenário, muitos trabalhadores recorrem a atividades informais em busca de renda extra para garantir o sustento da família, como ocorreu com o jovem, que fazia entregas nos fins de semana e retornava de sua última rota quando foi atingido por um carro que manobrava de forma irregular. A moto que conduzia colidiu com o veículo que realizava um retorno proibido nas proximidades do viaduto Nelson Bufara, arremessando-o contra o para-brisa.
O caso reforça a urgência de responsabilização e de revisão do modelo de contratação que precariza as condições laborais e expõe trabalhadores a riscos evitáveis. A terceirização, da forma como vem sendo conduzida, enfraquece garantias básicas e cria um ambiente de vulnerabilidade.
É com profundo pesar que o Sindipetro PR e SC se solidariza com os familiares e amigos de Luis Gustavo Osik Neves. A entidade reafirma seu compromisso permanente contra a precarização que expõe trabalhadores. Hoje, o luto é acompanhado pela indignação diante de mais uma morte evitável.