Os trabalhadores e trabalhadoras da CAP Serviços Médicos, lotados na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), aprovaram nesta quinta-feira (25) a realização de uma greve de advertência de 48 horas. A decisão contou com 94% de votos favoráveis, nenhuma manifestação contrária e 6% de abstenções.
Inicialmente prevista para segunda-feira (29), a paralisação foi adiada para 7 de outubro. A decisão foi tomada pela categoria após o Sindipetro PR e SC se reunir, nesta quarta-feira (24), com representantes da empresa, entre eles o setor jurídico, o RH e o proprietário, que assumiram o compromisso de regularizar as pendências trabalhistas na próxima semana. A votação sobre a nova data teve a aprovação de 88% dos participantes, nenhuma rejeição e 12% de abstenções.
Na reunião, a direção da CAP Serviços Médicos se comprometeu a quitar os depósitos de FGTS em atraso, corrigir os descontos indevidos aplicados ao auxílio combustível e alterar o plano de saúde, com a inclusão de dependentes e uma rede credenciada mais ampla. Também assumiu o compromisso de realizar um encontro com o Sindicato para tratar das pendências salariais e da representação sindical, além de retomar as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho.
Outra pauta denunciada pelo Sindicato, que ampliou a gravidade do cenário, foi o desligamento de três trabalhadores, cujas rescisões ainda não foram pagas, aprofundando o desrespeito aos direitos da categoria.
Para o diretor sindical Thiago Olivetti, a decisão da assembleia reflete tanto a necessidade de confiar nos compromissos assumidos pela empresa quanto a prudência diante do passado de descumprimentos. “O pessoal entendeu que a CAP assumiu esses compromissos, mas pelo histórico, decidiu aprovar greve de 48h a partir do dia 7. Só com a união e a mobilização de todos nesse momento, esperamos que as coisas sejam resolvidas”, afirmou.
A expectativa do Sindipetro PR e SC é de que a CAP Serviços Médicos cumpra, de fato, os pontos acordados, encerrando as pendências que afetam diretamente a vida dos trabalhadores e evitando a necessidade da paralisação.
Por Juce Lopes