Os trabalhadores e trabalhadoras da Emthos Engenharia, lotados na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), decidiram por unanimidade, em assembleia realizada nesta quarta-feira (24), rejeitar a segunda contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Além disso, aprovaram uma paralisação de advertência para sexta-feira (26), indicativo de greve com data a ser definida pelo Sindicato e assembleia em caráter permanente.
No novo documento, a prestadora de serviços propôs reajuste salarial de 5,13%, correspondente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado de setembro de 2024 a agosto de 2025, período que antecede a data-base da categoria. Já a reivindicação é de 9,5%, que contempla a reposição do índice inflacionário somada a aproximadamente 4,16% de ganho real.
As cláusulas referentes aos benefícios também não atenderam às expectativas. Os percentuais propostos estão distantes dos valores indicados em documento enviado à empresa em 4 de agosto. Outro ponto de insatisfação é o plano de saúde, que foi trocado por um convênio sem rede credenciada suficiente em Curitiba e Região Metropolitana, o que deixou muitos empregados sem acesso a especialidades médicas e sem reembolso.
Olivetti destacou que os trabalhadores esperam por respostas mais consistentes e pela valorização da mesa de negociação. “Todos estão com muita disposição em se mobilizar, para pressionar a empresa em busca de avanços na proposta e no reconhecimento dos seus funcionários”, destacou.
O Sindipetro PR e SC aguarda até sexta-feira (26) uma nova contraproposta da Emthos. Caso a empresa não apresente o documento dentro do prazo, será deflagrada greve, com data e horário a serem definidos pelo Sindicato.
Por Juce Lopes