A última terça-feira marcou a passagem dos 13 anos do maior acidente ambiental da história do Paraná e um dos maiores do país. Em 16/07/2000 vazaram 4 milhões de litros de petróleo de um duto da Repar, em Araucária, que se espalharam pelos rios Barigui e Iguaçu até as proximidades do município de Balsa Nova, mais de 40 km leito abaixo.
Nos dias posteriores à tragédia, o cenário era tenebroso. A mancha negra chegava a cobrir todo o leito dos rios em determinados pontos. Levantamento do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) apontou que de cada oito animais retirados pelas equipes de resgate, apenas um sobrevivia. O acidente também vitimou pessoas que trabalhavam na operação de contenção do óleo, como é o caso dos companheiros José Marcondes Portela da Luz, falecido em 30 de outubro de 2010 por causa das sequelas geradas pelo trabalho direto com o petróleo, e Juracir Francisco da Silva, que ficou paraplégico após trabalhar na contenção do óleo e até hoje é atendido pela solidariedade petroleira via Sindipetro Paraná e Santa Catarina.
Grande parte da mídia e até mesmo a empresa tentou justificar o acidente como uma “sucessão de erros de funcionários da estatal”, mas a categoria petroleira sabe que o acidente teve como maior responsável os longos anos da política de sucateamento da empresa, a fim de que fosse privatizada pelo governo neoliberal de FHC.