Delegações do XVII CONFUP (Congresso da Federação Única dos Petroleiros) realizaram na manhã desta sexta-feira (04), no Ediba, o edifício sede da Petrobrás em Salvador, um ato político com trancaço e fechamento de todos os acessos à base, entre às 6h30 e 9h da manhã.
Cerca de 500 manifestantes participaram do protesto, que denunciou a privatização da companhia e o desmonte do estado brasileiro. A pensionista Leny Passos, 82 anos, da base do Norte Fluminense, fez a mais emocionante fala do protesto, com o seu testemunho de militância. “Eu nunca vi o meu país, com a idade que eu tenho, na situação em que está. Mas eu tenho esperança absoluta, porque eu estou fazendo o que o beija-flor faz na floresta [na fábula do combate ao incêndio]. Estou fazendo a minha parte”, disse.
O ato foi encerrado com a fala do coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, que fez um chamado à consciência e à participação da categoria petroleira neste momento.
“Hoje é um daqueles dias que não deveria ser necessário o sindicato fechar os portões [da base]. Quando o sindicato vem, a categoria tinha que ir parando para ver o que o sindicato tem a dizer, tamanho é o estrago que esse governo golpista está realizando no nosso País”, disse Rangel.
Para o coordenador da FUP, “talvez as pessoas não tenham noção do que vai acontecer nas suas vidas, nos seus trabalhos, nas suas aposentadorias, nas suas oportunidades”, advertiu, chamando a atenção para os impactos nocivos das chamadas reformas trabalhistas e previdenciárias.
O ato em frente ao Ediba foi o segundo realizado pelas delegações durante o CONFUP. Na quinta (03), um trancaço foi realizado no período da manhã na Refinaria Randulpho Alves, com o mesmo objetivo de denunciar o desmonte da Petrobrás, por meio do fatiamento e venda dos ativos da empresa.