PM agride e prende conselheiro de administração da Petrobrás eleito pelos trabalhadores

Foram presos também um diretor da CUT e um fotógrafo

 

O coordenador do Sindipetro Bahia e Conselheiro eleito de Administração da Petrobrás, Deyvid Bacelar foi agredido e preso por policiais da Polícia Militar da Bahia, na madrugada desta terça-feira, 03/11, no Trevo da Resistência, que fica próximo à Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, quando participava das atividades da greve nacional da categoria petroleira.

Com o coordenador foram presos também o diretor do Sindipetro e CUT Bahia, Agnaldo Soares e o fotógrafo, Wandaick Costa. De acordo com testemunhas presentes, a gerência da Rlam chamou a PM e estava realizando com os policiais uma reunião no portão 1 da Refinaria, quando o fotógrafo registrou o encontro.

Ainda de acordo com testemunhas, após esta reunião os militares, que estavam na viatura Ford Ranger, número 9.1016, foram em direção aos grevistas em alta velocidade, destruindo mesas e cadeiras e quase atropelando os militantes. Pararam o carro e desceram com arma pesada em punho, exigindo que o fotógrafo entregasse o seu equipamento.

O repórter com base no direito da liberdade de imprensa, questionou o pedido e foi preso por desacato a autoridade. O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, e o diretor Agnaldo Soares foram procurar saber o motivo e também receberam voz de prisão. “Fomos detidos de forma violenta, eu fui imobilizado, algemado e agredido, o que me deixou cheio de hematomas”, relata Bacelar.

Todos foram encaminhados para a delegacia do município de Candeias, e em seguida para a Delegacia de São Francisco do Conde e novamente reencaminhados para a de Candeias, sendo liberados sem a realização de nenhum boletim de ocorrência por volta das 5h da manhã da terça-feira (03).

Os militares também fizeram uma revista no acampamento montado pelos militantes, revirando todos os pertences e intimidando os presentes.

A assessoria jurídica do Sindipetro Bahia está tomando todas as providências para denunciar a prática ilegal e violenta da PM. O sindicalista está sendo encaminhado para realizar exame de corpo delito.

A direção do Sindipetro Bahia se solidariza com os companheiros covardemente agredidos quando realizavam o seu trabalho de dirigente sindical em defesa da Petrobrás e dos direitos dos petroleiros. Ao mesmo tempo que repudia os atos antissindicais que vêm sendo praticados pela atual gestão da Petrobrás em todo o Brasil.

Fonte: Imprensa Sindipetro Bahia