O presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Mário Alberto Dal Zot, discursou aos petroleiros em greve e militantes dos movimentos sociais no piquete da Repar, na manhã desta segunda-feira (09).
Dal Zot disse que recebeu muitos questionamentos sobre quais ações serão tomadas com relação aos empregados que furam a greve. “Primeiro estamos brigando na Justiça para que não recebam as horas extras, que são verdadeiras propinas que estão sendo prometidas para esses pelegos corruptos, verdadeiros filhotes de Paulo Roberto Costa”, afirmou.
Mário falou que o Sindicato vai seguir as regras estatutárias para julgá-los. “Muita gente pede a expulsão dos pelegos que estão furando a greve. Não fizemos isso porque temos um estatuto que deve ser cumprido, no qual prevê a criação de comissões de ética para analisar os fatos. Basicamente fazer o que a empresa não faz, dar a oportunidade do contraditório, da ampla defesa com os devidos prazos. Nosso estatuto é a lei do Sindicato. Ainda durante essa greve vamos chamar assembleias para eleger as comissões, que vão fazer os relatórios a serem apresentados em uma nova assembleia. Aí sim poderá ou não ocorrer a penalização para quem quer que seja que descumpriu uma determinação de assembleia e furou o movimento”, explicou.
Ele ainda fez duras críticas contra os fura-greves. “Se fossem realmente necessários à empresa, os gestores os tinham colocado para dentro da refinaria antes da greve. Se não entenderam esse recado que seus chefes passaram, vão ser convencidos com o tempo ou vão usar o crachá da Chevron, da Exxon ou da Shell no futuro. É para isso que eles estão lá dentro. São contra esse movimento que quer impedir a venda e o desmantelamento da Petrobrás”.
O presidente do Sindicato ainda reforçou o comunicado da FUP, no qual a orientação é para os grevistas não cederem às convocações da empresa para retornarem ao trabalho. “Queremos continuar com o movimento firme e forte. Não aceitem as intimidações por telegrama ou telefone. Tragam esses registros para o Sindicato. Assim vamos poder caracterizar esse assédio perante a Justiça. Durante a greve, o contrato de trabalho está suspenso e não devemos subordinação para esses gerentes ou supervisores. A greve nos permite fazer isso”, alertou.