Assembleia na sexta-feira irá avaliar o movimento e socializar informações. Confira o Edital!
Os trabalhadores do regime de turno ininterrupto de revezamento da Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, iniciaram à zero hora desta quinta-feira (01) a greve por tempo indeterminado. O movimento é motivado pela decisão unilateral da empresa de reduzir a jornada do turno de oito para seis horas.
A greve começou com bastante intensidade. A adesão dos petroleiros do turno é total e a Petrobras mantém na unidade os petroleiros que entraram no revezamento das 15h30 de ontem (31). Já são quase 24 horas de atividade ininterrupta. A empresa ainda não chamou o Sindicato para negociar uma rendição de turno.
Nesta sexta-feira (02), o Sindipetro PR e SC realiza uma assembleia para avaliar o movimento e socializar informações. Será às 10h00, na Sede Regional Sindical de São Mateus do Sul. Confira o Edital no link dos anexos abaixo.
O impasse
A greve é causada pela posição unilateral da empresa de reduzir a jornada do turno. A alegação é de que a medida se deve à decisão judicial que determina o interstício (intervalo) mínimo de 11 horas entre as jornadas.
A ação do interstício foi movida pelo Sindicato no ano de 2006 em todas as unidades do Sistema Petrobrás no Paraná e Santa Catarina. Todas as bases tiveram decisões favoráveis aos trabalhadores e a Petrobras cumpriu em quase todas elas, à exceção da SIX.
Cabe ressaltar que em nenhum momento a sentença judicial discorre sobre diminuição da jornada e durante as negociações os representantes jurídicos da Petrobras colocaram empecilhos em todas as propostas apresentadas pelo Sindicato, inviabilizando a possibilidade de qualquer acordo.
Retaliação
Para o presidente do Sindipetro PR e SC, Mário Dal Zot, a empresa usa a pressão sobre a categoria como estratégia jurídica. “Querem que os trabalhadores abram mão do passivo trabalhista gerado pelo não-cumprimento do interstício. Isso foi uma condicionante colocada pela Petrobrás para a manutenção da tabela de oito horas que jamais aceitaremos, pois fomos nós que vencemos a ação. Trata-se de uma represália mediante uma derrota jurídica”.