Um deles está intubado; o outro voltou às atividades após 14 dias de isolamento
Dois bombeiros civis que prestam serviço na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, voltaram infectados por Covid-19 após darem apoio na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária. Um dos trabalhadores está intubado, o outro cumpriu 14 dias de quarentena e já voltou ao trabalho.
Os profissionais são funcionários de uma empresa de prestação de serviços terceirizados Impacktus, que tem contrato com ambas as refinarias. Eles se deslocaram para unidade de Araucária durante as atividades de pré e parada de manutenção, a fim de cobrir os turnos de bombeiros que estavam afastados depois de testarem positivo para coronavírus.
A suspeita é que eles foram contaminados após terem contato com um bombeiro civil da Repar que estava assintomático. O alto risco de contágio durante as atividades da parada foi denunciado pelo Sindipetro PR e SC. No dia 15 de abril, um grupo de pesquisadores científicos do INPA e UFMG emitiu uma nota técnica alertando que a realização deste procedimento industrial, com a migração de centenas de trabalhadores, aglomerações e o consequente aumento da circulação viral agravará a pandemia em Araucária e no Paraná.
Os bombeiros civis também reclamam que os dias de folga não estão sendo respeitados e reivindicam um maior tempo de descanso. Há relatos de profissionais que trabalham 12h por dia quase a semana inteira. O Sindipetro PR e SC considera perigoso e ilegal esse período de dias consecutivos de trabalho, principalmente durante a crise sanitária, já que a permanência por longos períodos nas dependências da refinaria deixa os profissionais ainda mais expostos ao risco de contaminação.
