Deputados decidem retomar a Frente Parlamentar de Energia e Recursos Minerais

Dirigentes sindicais se reuniram com lideranças partidárias e parlamentares da oposição na Alep para debater o assunto.

 

 

A retomada da Frente Parlamentar de Energia e Recursos Minerais ficou acertada em reunião realizada na tarde de segunda-feira (22), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

 

O presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge; o dirigente do Sindiquímica-PR Otêmio Garcia; os deputados Professor Lemos (PT) e Tadeu Veneri (PT); além de representantes do setorial de energia do Partido dos Trabalhadores e dos mandatos legislativos de Luciana Rafagnin (PT) e Arilson Chiorato (PT); participaram do encontro.

 

A Frente será uma ponte entre a sociedade e a Alep para tratar de temas relacionados ao ramo. A demanda imediata é a articulação política e social para barrar a privatização da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, e reabrir a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), localizada em Araucária, ambas pertencentes ao Sistema Petrobrás.

 

Para o coordenador provisório do setorial de energia do PT, Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni, a Frente é importante porque amplia o debate público. “A população mais pobre já está consciente de que com a perda da soberania do Brasil sobre essas coisas, as tarifas de energia, os custos da gasolina, da uréia e do calcário, por exemplo, irão explodir mais ainda. Há um prazo de validade para esse tipo de Frente e ela precisava ser refundada”, afirmou.

 

Ivo, que também é engenheiro eletricista, consultor em energias renováveis e filho de petroleiro da SIX, destaca que a Frente ainda assegura um espaço de reverberação das informações. “É uma forma de fazer chegar à população que paga a gasolina e a energia mais caras do planeta as informações que costumam ficar entre quatro paredes”.

 

O deputado Tadeu Veneri disse que o desmonte das empresas estatais do ramo, tanto pelo governo federal, quanto pelo estadual, é um erro. “E assim o Brasil vai perdendo a soberania num setor estratégico para a população. A SIX é a única empresa que explora o xisto no país e a venda terá consequências para o Brasil e também ao Paraná, que perderá em empregos e royalties. Temos que impedir esse processo que enriquece alguns e tira de muitos”.

 

O Sindipetro segue em luta, nas diversas frentes de batalha, para barrar o desmonte da Petrobrás, impedir sua saída do Paraná e Santa Catarina e evitar as graves consequências que tal processo ocasionaria na região.