Novo presidente da Petros afirma que a solução dos equacionamentos é ponto central da sua gestão

Em reunião com Henrique Jäger, a direção da FUP celebrou a reabertura do diálogo com a gestão da Petros e reforçou a importância da participação do movimento sindical na construção de soluções para os problemas que afetam os participantes e assistidos

Atendendo à solicitação da FUP, o novo presidente da Petros, Henrique Jäger, reuniu-se nesta terça-feira, 25, com dirigentes da entidade e afirmou que a prioridade da sua gestão é melhorar a condição de vida dos participantes e assistidos dos planos administrados pela Fundação. Ele explicou que a Petros está dedicando atenção total à elaboração da solução para os equacionamentos dos Planos de Previdência do Sistema Petrobrás (PPSP-R e PPSP-NR), com atuação ativa no Grupo de Trabalho Petros formado pela estatal, com a participação da FUP, FNP e demais entidades sindicais nacionais.

 

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltou a importância da reabertura do diálogo com o movimento sindical e da participação dessas entidades na construção de soluções para os problemas que afetam os participantes e assistidos da Petros. Ele reforçou que isso só é possível com as mudanças que estão sendo feitas na gestão da Fundação, a partir da definição de Henrique Jäger como novo presidente da entidade e de seu compromisso com as pautas da categoria.

 

Deyvid destacou que a direção da FUP quer ter participação nesse processo e contribuir com o resgate e o fortalecimento do fundo de pensão dos petroleiros e petroleiras, melhorando a vida dos mais de 250 mil participantes e assistidos. Tanto ele quanto os demais dirigentes da FUP frisaram a urgência de uma solução definitiva para os equacionamentos dos PPSPs, ressaltando que milhares de aposentados e pensionistas não conseguem sequer receber o benefício Petros, em função dos descontos abusivos.

 

Paulo César Martin, que representa a FUP no GT Petros, destacou a importância da Fundação fornecer as informações necessárias para que possam avançar na elaboração de alternativas viáveis que garantam a sustentabilidade dos planos.

 

Também foi enfatizado que a nova diretoria da Petros volte a se aproximar dos participantes e assistidos, dando mais transparência à gestão da entidade e sugeriu a implementação de Comitês para acompanhar e fiscalizar cada plano que a Fundação administra. “Queremos que os trabalhadores da ativa, os aposentados e pensionistas possam acompanhar de perto a gestão de seus recursos e o pagamento dos seus benefícios”, destacou Martin.

 

Os dirigentes da FUP cobraram ainda o retorno do atendimento presencial, tanto na sede da Petros, quanto nas regiões do país com maior número de participantes e assistidos. Uma sugestão feita foi o estabelecimento de convênio com a Petrobrás e subsidiárias para abertura de postos avançados de atendimento, envolvendo também a AMS, além de parcerias com os Sindicatos.

 

Paulo César também reivindicou a renegociação e renovação dos empréstimos pessoais da Petros, com prazos maiores e taxas de juros menores, sem comprometer a meta de rendimento desse tipo de investimento. “Seria o programa ‘Desenrola Petros’ principalmente para os aposentados e pensionistas que estão inadimplentes”, afirmou o dirigente da FUP, destacando ainda a importância dessa medida para garantir um alívio financeiro imediato aos mais impactados pelos descontos abusivos.

 

“Essa seria, inclusive, uma forma de fortalecer os planos, pois há vários casos de companheiros e companheiras que tiveram que abandonar o convênio com o INSS e hoje estão sendo judicializados pela própria Petros”, afirmou Paulo César.

 

Outra cobrança feita por ele foi o restabelecimento de um canal de negociação com os funcionários da Petros, que estão há dois anos sem Acordo Coletivo de Trabalho, o que impacta diretamente na ambiência da entidade. Entre as preocupações apresentadas, foi destacada a alta rotatividade de empregados ocorrida na gestão anterior, o que resultou em perda da memória técnica da Petros. Os representantes da FUP reforçaram que a reconstrução da Fundação está diretamente relacionada ao comprometimento dos empregados com a qualidade do atendimento e dos serviços prestados.

 

Além desses pontos, os dirigentes da FUP também manifestaram preocupação com a sustentabilidade do Plano Petros 2 e com as mudanças que a gestão passada realizou em seu regulamento, à revelia dos sindicatos. A Federação cobrou participação nos debates referentes ao PP-2.

 

Após ouvir as representações sindicais, o presidente da Petros tornou a reforçar o compromisso com o diálogo permanente com as entidades e a garantia de melhorias na qualidade de vida dos participantes e assistidos.

 

Ele informou que sua gestão está trabalhando com três objetivos estruturantes: buscar alternativas aos atuais equacionamentos dos PPSPs contribuindo no GT Petros na elaboração de uma solução definitiva para esse grave problema; fortalecer o fundo de pensão, melhorando a governança e adequando os investimentos a uma política de riscos que garanta sua sustentabilidade, sem aventuras e especulações; aproximar a Petros dos participantes e assistidos.

 

Jäger informou que já está em estudo a volta do atendimento presencial e um projeto de atendimento itinerante, com visitas às bases. Ele se colocou à disposição para debater a implementação dos Comitês para acompanhamento dos diversos planos da Petros, o que aproximará os participantes e assistidos da sua gestão, além de ser mais um elemento fiscalizador. O presidente também acolheu de forma positiva a proposta de parceria com os sindicatos, como alternativa para aumentar a aproximação com os participantes e assistidos nas bases.

 

Em relação ao PP-2, ele informou que as mudanças no regulamento do plano não estão mais sob a alçada da gestão da Fundação, pois se encontram em processo de deliberação pela Previc. Jäger, no entanto, garantiu o compromisso com o fortalecimento do PP-2, ressaltando sua grandeza e importância, pois trata-se do maior plano de contribuição variável do Brasil.

 

No que diz respeito ao Acordo Coletivo dos funcionários da Petros, o presidente da entidade garantiu respeito total aos direitos dos empregados e informou que o espaço de negociação está sendo restabelecido para resgate do ACT.

 

[Da imprensa da FUP]