Aos petroleiros: luta que segue, também pelos trabalhadores da Fafen


 O Sindipetro Paraná e Santa Catarina se manifesta sobre o fim da negociação entre Sindiquímica-PR e Petrobrás (*Foto: Gibran Mendes).

 

Para a entidade que defende os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), Usina do Xisto e Transpetro, o momento é de fortalecimento das mobilizações diante do desmonte do Sistema Petrobrás.

 

O que aconteceu na Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR) é didático para a categoria: ninguém estará livre das demissões quando o trator ultraliberal do atual Governo Federal passar por outros terrenos. Está no roteiro.

 

Por isso, mais do que nunca, é preciso reconhecer que a mobilização da categoria, que teve como núcleo inicial a defesa dos empregos na Fafen-PR, precisa ser permanente.

 

Destacamos também que a Greve Nacional dos Petroleiros fez com que a gerência da Petrobrás viesse negociar, algo inédito até então. É da mobilização dos trabalhadores que a atual gestão da companhia tem medo.  

 

3 de março

 

Um dia triste. Mas, para o Sindipetro PR e SC, a decisão do Sindiquímica-PR, apesar de dolorosa, retratou o momento de intransigência e autoritarismo da atual gestão da Petrobrás (saiba mais AQUI).

 

Principalmente diante da luta que precisava ser travada, em que os petroleiros enfrentaram, além das instituições governistas, uma adesão insuficiente da categoria e de outros setores da sociedade.

Essa falta de consciência de classe pode refletir no futuro de toda categoria (*Foto: Gibran Mendes).

 

Porém, que fique claro, essa história está longe de acabar. Seja na ocupação em frente ao portão principal da fábrica ou nos atos unificados, o espírito de luta e a semente plantada da resistência seguirá em nossos caminhos.

 

Há, na agenda da classe trabalhadora, muitas etapas pela frente, negociações importantes no horizonte e que irão decidir nosso futuro.

 

Principalmente por ainda estar em curso a ação equivocada do Governo Federal em promover a privatização da Repar, da SIX e da Transpetro, entre outras unidades em todo o Brasil.

 

Sinal é de alerta

 

A lição que fica é da necessidade de unidade. Pois, o que se tem de concreto até o momento é que o desmonte do Sistema Petrobrás e a desindustrialização do Brasil são perigos reais.  

 

Sabendo disso, os petroleiros construíram a maior greve nacional desde os anos 90. Esse movimento está vivo e forte, foi suspenso para voltarmos à mesa de negociação.  

 

Por ora, o movimento #FafenResiste está vivo em nossos corações e essa semente renasce todos os dias para quem acredita na Petrobrás como ela foi idealizada, ou seja, uma empresa voltada ao desenvolvimento econômico e social do Brasil.

*Foto: Sindiquímica-PR.