Assembleias aprovam estado de greve contra privatizações e gestão bolsonarista na Petrobrás

As sessões ocorreram de forma presencial entre os dias 24 março e 11 abril

 

Na última terça-feira (11) foi concluída a rodada de assembleias que aprovou o estado de greve contra a continuidade da venda de ativos e a permanência da gestão bolsonarista na Petrobrás, além da contribuição assistencial para o fundo de luta e campanha reivindicatória, propostos pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindicatos filiados.

 

Foram 17 sessões presenciais que ocorreram entre os dias 24 de março e 11 de abril. A categoria petroleira do Paraná e Santa Catarina votou favorável aos pontos de pauta com índice de aprovação de 93%.

 

Para o presidente do Sindipetro, Alexandro Guilherme Jorge, a expectativa é de que haja mudanças na direção da estatal, o mais breve possível, e que os responsáveis por gerir a empresa estejam alinhadas com o projeto de governo eleito pelo povo brasileiro nas últimas eleições.

 

Ainda de acordo com Alexandro, também foi importante a categoria ter respondido à solicitação para o financiamento da FUP. “A discussão sobre a reestruturação dos sindicatos e o seu financiamento está em curso neste momento e a gente espera que em breve essa situação seja melhor contornada, mas, mais uma vez, destaco a importância da categoria ter atendido a esse chamamento para que a gente possa manter Sindicato e Federação sempre fortes”, afirmou.

 

O Sindipetro e a FUP seguem com ações jurídicas e políticas para evitar novas privatizações na Petrobrás e tentar a anulação da venda da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR), para o grupo Forbes & Manhattan, que ocorreu em novembro de 2021. No dia 5 de abril, o jornalista Leandro Demori publicou uma reportagem investigativa que denuncia uma série de irregularidades no processo de privatização da SIX, a trama envolve espionagem industrial, corrupção, cooptação de ex-funcionários e prevaricação.

 

Por: Juce Lopes