Contraproposta da Petrobrás é rechaçada nas assembleias e petroleiros do PR e SC aprovam indicativo de greve

Mais de 98% das pessoas que participaram das assembleias rejeitaram a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho.

 

As petroleiras e os petroleiros dos estados do Paraná e Santa Catarina disseram um enfático “não” à contraproposta do Sistema Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2022/2023).

 

Primeiro ponto de pauta das 19 sessões de assembleia que o Sindipetro PR e SC realizou entre os dias 27/06 e 06/07, a rejeição da contraproposta da Petrobrás foi aprovada por 98,41% dos trabalhadores. Contrários foram apenas 0,26%, ante 1,32% de abstenções.

 

Já a aprovação de greve, com data a ser indicada pela FUP e sindicatos, caso seja um projeto de privatização da Petrobrás seja apresentado no Congresso Nacional, teve 88,36% dos votos favoráveis, 2,91% contrários e 8,47% de abstenções.

 

Por fim, a aprovação de assembleia em caráter permanente foi referendada por 96,03% das pessoas que participaram das assembleias, com apenas 0,53% de votos contrários e 2,91% de abstenções.

 

De acordo com o presidente do Sindicato, Alexandro Guilherme Jorge, o resultado das assembleias ocorreu dentro das expectativas. “Foram votações bastante expressivas contrárias a essa proposta absurda que a empresa nos apresentou e, no mesmo sentido, favoráveis à mobilização se porventura surgir um outro projeto tão estapafúrdio quanto, que preveja a privatização da Petrobrás”, avaliou.

 

Ainda segundo Alexandro, a categoria demonstrou estar muito alinhada. “Nossa perspectiva é de que os mesmos resultados se reflitam em todo o Brasil e que a gente se organize, tanto para termos um ACT condizente com o que a categoria petroleira e a Petrobrás representa para o Brasil, quanto para que a empresa se mantenha estatal”, afirmou.

 

:: Sindicalizações
Condição fundamental para poder votar nas assembleias, a associação ao Sindipetro Paraná e Santa Catarina aumentou durante essa rodada. “É importante essa ampliação do número de filiados, pois demonstra o respaldo da instituição pela categoria e a vontade dos petroleiras e petroleiras de participar desse importante processo decisório”, conclui Alexandro.