Dirigentes do Sindipetro se reuniram com Requião Filho para tratar da pauta dos trabalhadores da Petrobrás

Em reunião virtual na tarde de quinta-feira (08) os petroleiros conversaram com o deputado estadual do MDB

 

Atualmente o Paraná é enquadrado no nível de alerta altíssimo para Covid-19, o que exige cada vez mais respeito aos protocolos de segurança para evitar o contágio. Mas justamente no momento mais grave da pandemia, a Petrobrás pretende fazer uma parada de manutenção que reúne grande número trabalhadores circulando na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária.

A greve na Usina do Xisto em São Mateus do Sul e a produção de oxigênio hospitalar na Araucária Nitrogenados (Fafen PR) também foram discutidos. O deputado estadual se comprometeu em defender as pautas dos trabalhadores, encaminhar as denúncias do Sindipetro e ajudar na articulação da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

Para o Sindicato, especificamente sobre a parada de manutenção da Repar, é necessário o adiamento das atividades para depois retomar com segurança. Os petroleiros não são contra a realização dos serviços, pois geram emprego e renda, mas nesse momento é preciso priorizar a saúde e a vida.

“A situação é grave e os petroleiros buscam se mobilizar também politicamente. Nossas reivindicações tratam de temas que impactam na vida dos trabalhadores, das suas famílias e das comunidades no entorno das unidades”, explicou Roni Barbosa, dirigente do Sindipetro.

A categoria está em greve desde 26 de março na SIX em São Mateus do Sul (leia aqui); e ontem (08) foi aprovado movimento paredista na Repar a partir do dia 12 (leia aqui).

Pauta

Os petroleiros pedem adiamento da parada de manutenção na Repar em meio ao pior momento da pandemia. Uma situação que gera aumento do risco de contaminação dos trabalhadores por Covid-19. Três jovens prestadores de serviços da refinaria morreram recentemente e há evidências de que o contágio ocorreu dentro da unidade.

Já a greve na SIX denuncia o descaso da gestão nas condições de trabalho e na garantia de direitos dos petroleiros caso se confirme a privatização da unidade. “Além disso, o movimento reivindica melhoras na segurança dos trabalhadores, das instalações e das comunidades do entorno da usina”, explica Roni Barbosa.

Na última quarta-feira (07) faltou energia elétrica na SIX e a demora para retomar o funcionamento na unidade fez com que enxofre fosse jogado na atmosfera. O mau cheiro incomodou os moradores das comunidades próximas (leia aqui).

O desfecho das reuniões tratou da crise de oxigênio hospitalar. É consenso que a Fafen PR não pode continuar hibernada. A unidade pode produzir aproximadamente 30 mil m³ do produto por hora.

A luta dos petroleiros é pela vida.

Por Regis Luís Cardoso (Sindipetro PR e SC).