A FUP realiza nesta terça-feira (17) à tarde audiência com a Procuradoria Geral do Trabalho, em Brasília, para cobrar apuração das práticas antissindicais da Petrobrás e subsidiárias durante a greve. Nas últimas semanas, as entidades sindicais denunciaram as medidas arbitrárias tomadas pela empresa na tentativa de criminalizar os trabalhadores e suas organizações, violando a Lei 7783/89, que garante o direito de greve.
É preciso uma apuração rigorosa e a devida responsabilização dos gestores pela utilização de aparatos policiais dentro das unidades operacionais, pelos interditos proibitórios que impuseram multas milionárias aos sindicatos, pelo bloqueio de contas bancárias das entidades, pela proibição dos dirigentes sindicais de acessar as unidades, pelas intimidações e ameaças aos trabalhadores através de telefonemas, e-mails, telegramas e mensagens eletrônicas, entre tantas outras ações ilegais cometidas pela empresa durante a greve.
Também será cobrado que o Ministério Público tome as devidas medidas para responsabilizar a Petrobrás pelo pagamento indevido de horas extras às equipes de contingência. Como orientado pela FUP, vários sindicatos ingressaram com ações judiciais, denunciando a ilegalidade dessa conduta e os riscos que os gestores submeteram os trabalhadores, financiando equipes despreparadas de gerentes para assumirem a produção das unidades em greve.
Tratamento dos dias parados
Na manhã desta terça-feira (17), os dirigentes sindicais avaliaram o quadro nacional das assembleias, onde os trabalhadores, inclusive nas bases dos 10 sindicatos que aprovaram a proposta conquistada e suspenderam a greve, apontaram a necessidade da Petrobrás rever a sua posição em relação aos dias parados e à possibilidade de sanções disciplinares. A FUP encaminhou à empresa no início da tarde documento cobrando um posicionamento em relação a esses dois temas.