Greve dos petroleiros cresce. Caminhoneiros apoiam

Terceira semana da greve nacional dos petroleiros mostra fortalecimento da classe trabalhadora. Dessa vez, os caminhoneiros também se posicionaram e iniciaram paralisação no Porto de Santos contra a política do Preço de Paridade de Importação (PPI) dos combustíveis

 

 

A greve nacional dos petroleiros cresce, ganha apoio popular e de outras categorias. O movimento soma mais de 21 mil trabalhadores e, de acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), são 121 unidades mobilizadas: 58 plataformas, 24 terminais, 11 refinarias, 8 campos terrestres, 8 termelétricas, 3 UTGS, 1 usina de biocombustível, 1 fábrica de fertilizantes, 1 fábrica de lubrificantes, 1 usina de xisto, 2 unidades industriais e 3 bases administrativas.

 

Nos últimos dias, diversas categorias declararam apoio a causa dos trabalhadores da Petrobrás. Exemplo disso, foi o recente posicionamento da Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB), de adesão ao movimento grevista, e a paralisação, que começou hoje (17), dos caminhoneiros do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Autônomos (Sindicam), no Porto de Santos.

 

=> Caminhoneiros fecham porto de Santos e apoiam petroleiros https://bit.ly/3bJMXwO

 

Para o Sindipetro PR e SC, um dos objetivos da greve é expor para a população a política nefasta de paridade com o preço internacional do combustível. “Precisamos discutir esse assunto. Não só por conta da nossa greve, mas também por conta dos impactos sociais que isso acarreta na sociedade”, explica Mario Dal Zot, presidente do sindicato.

 

O dirigente também considera um absurdo o Governo Federal manter o Preço de Paridade de Importação (PPI) dos combustíveis. “Nós produzimos nosso próprio petróleo e podemos oferecer uma gasolina, diesel e gás de cozinha à preço justo para a população brasileira”.

 

Reivindicações

 

As principais pautas da mobilização dos petroleiros são contra as demissões na Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR), a política de preços dos combustíveis atrelada ao mercado internacional (Preço Paridade de Importação – PPI) e a defesa dos empregos no Sistema Petrobrás.

 

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil. Via RBA.