Greve dos petroleiros protesta contra os preços abusivos dos combustíveis

Movimento de advertência tem como alvo o equivocado modelo de preços dos combustíveis adotados pela gestão de Pedro Parente na Petrobrás.

 

A greve de advertência por 72 horas dos petroleiros de todo o país começou à zero hora desta quarta-feira (30). O movimento protesta contra o aumento abusivo dos preços dos combustíveis e gás de cozinha; contra a privatização da empresa; pela retomada da produção interna de combustíveis; pelo fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo, pela garantia dos empregos e pela saída imediata do presidente da Petrobrás, Pedro Parente. 

 

O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR e SC) comunica que, durante este período inicial de greve, não há risco de desabastecimento de combustíveis essenciais à sociedade, como gasolina, diesel e gás de cozinha. Isso, inclusive, já foi comunicado pelo Sindipetro ao Ministério Público. A intenção do movimento grevista é justamente aumentar a produção de combustíveis para reduzir os preços à população.

 

Nas unidades da Petrobrás localizadas nos estados do Paraná e Santa Catarina o movimento iniciou com forte adesão dos trabalhadores. Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, a gestão da empresa trancou os portões da fábrica por volta das 23h00 de terça-feira (29), próximo ao horário da troca de turno de revezamento de trabalhadores.

 

Na manhã desta quarta (30), os petroleiros realizaram um protesto em frente à Repar e continuaram com a greve.

 

No Terminal Aquaviário da Transpetro de Paranaguá (Tepar), o movimento similar ao da refinaria, com corte de rendição do turno à zero hora de terça e contingência da empresa na operação. Movimento prosseguiu pela manhã. O mesmo aconteceu na Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul. Em todas as unidades, os trabalhadores permanecem mobilizados na frente das fábricas.

 

Nas unidades de Santa Catarina a greve também conta com grande adesão dos petroleiros. Trabalhadores do Edifício Administrativo da Transpetro de Joinville (Ediville) e dos terminais de Biguaçu (Teguaçu), São Francisco do Sul (Tefran) e de Itajaí (Tejaí) paralisaram as atividades e se deslocaram até o Terminal de Guaramirim (Temirim) para a realização de um ato conjunto na manhã desta quarta.

 

Abastecimento

O Sindipetro Paraná e Santa Catarina esclarece que se trata de uma greve de advertência de 72 horas e não existe qualquer risco de desabastecimento do mercado. O protesto é para alertar a sociedade sobre o equivocado modelo de preços adotado pela Petrobrás na gestão de Pedro Parente, atual presidente da companhia, que acompanha a cotação do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

 

Desde julho de 2017, quando a nova política de preços passou a vigorar, os reajustes passaram a ser diários. A Petrobrás já alterou 230 vezes os preços nas refinarias, com aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste.

 

Paralelamente a isso, Pedro Parente subutiliza as refinarias do Brasil, que hoje operam com apenas 65% de suas capacidades de produção. Tal medida fez com que as importações de diesel e gasolina disparassem e, em consequência, os preços também. Com essas ações, o governo Temer e a gestão de Pedro Parente são responsáveis pelo desabastecimento do mercado interno de combustíveis.

 

Confira aqui as fotos do 1º Dia da Greve no PR e SC.