Lamentável: Petrobrás comete ‘falta não justificável’

 

Como se não bastasse a gestão da Companhia procurar o TST para continuar a negociação coletiva e promover práticas antissindicais durante as assembleias, agora eles querem fazer uma espécie de sistema de compensação de horas extras punindo o trabalhador

 

 

“Há algo de podre no reino da Dinamarca”, parafraseando Hamlet, de Willian Shakespeare, um dos maiores escritores do todos os tempos. Essa alusão é propícia quando o assunto é o ACT 2019 dos Petroleiros. Parece que a Petrobrás, após tomar consecutivas goleadas da categoria nas assembleias, de forma obscura, tenta compensar as horas extras que deverão ser pagas aos trabalhadores dos turnos, punindo aqueles que estavam nas assembleias.

 

O que causa estranheza é que foi prometido pela Companhia que seriam abonadas as faltas de TODA categoria, durante as assembleias, mas aí, sem mais nem menos, surge esse chorume.

 

Lamentável!

 

Será que isso é ódio dos mais de 80% dos petroleiros que rejeitaram a contraproposta da empresa? Ou dos 87% dos trabalhadores que preferem a manutenção da negociação coletiva? Ah! Tem também os 89% que preferem a prorrogação dos efeitos do atual ACT enquanto durarem as negociações, né? Bom, o leque é grande de opções e não podemos esquecer que 71% da categoria está de acordo quando o assunto é greve.

 

Esse tipo de prática alimenta ainda mais a narrativa de que o fascismo administrativo chegou à Petrobrás. Não se aceita passivamente esse tipo de ‘falta não justificável’, o nome disso é autoritarismo. O Sindipetro Paraná e Santa Catarina aguarda posicionamento da empresa e espera que ela volte atrás, caso contrário irá recorrer a sua assessoria jurídica e tomar as medidas necessárias contra mais essa prática antissindical.