Afirmação é do presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina que participou de audiência pública (18) na Alesc pelo Fórum de Defesa da Petrobrás, ao lado de outras frentes de defesa das estatais, órgão públicos federais e estaduais
Mais uma vez petroleiros, defensores de estatais e da soberania nacional lotaram o auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em audiência pública organizada pelo Fórum Parlamentar pelo Fortalecimento das Empresas Públicas e a Frente Mista em Defesa da Soberania Nacional.
O objetivo da audiência foi alertar a sociedade e os governo estadual de Santa Catarina, assim como toda classe política, sobre os impactos das privatizações sinalizadas pelo Governo Federal.
Dentro desse projeto privatista estão as unidades da Petrobrás na região sul do país, que, se deixarem de operar, representarão prejuízos irreversíveis. Só em Santa Catarina, a companhia é responsável por aproximadamente 10 bilhões de reais no PIB do estado.
Para os representantes do Fórum, há uma questão pontual: os estados do sul do Brasil estão sendo preteridos pelo Governo Federal. Seja na questão do Pré-sal, ficando de fora das linhas imaginárias de exploração ou com o fim das operações da Petrobrás na região.
“Mais uma vez estamos sendo preteridos com a ausência da Petrobrás e tudo que ela significa, como desenvolvimento social, econômico e tecnológico. Não vai ter Petrobrás no sul do Brasil, essa é a proposta do Governo Federal”, explica o presidente do Sindipetro PR e SC, Mário Dal Zot.
A história se repete
Santa Catarina já foi prejudicada quando a Unidade de Operação Sul (UO-SUL/Petrobrás), que era um centro de prospecção de áreas de exploração de petróleo offshore na região sul, em Itajaí, foi fechado pelo Governo Temer. Dessa vez, é Bolsonaro quem irá punir a sociedade com o fim da Petrobrás no sul.
Os impactos já previstos serão desemprego em massa, após a privatização dos terminais no estado; municípios deixando de receber royalties e a população sentindo no bolso o aumento do preço dos combustíveis, já que os reajustes nos postos seguem o preço do dólar e do barril de petróleo cotados no mercado internacional.
O presidente do Sindipetro PR e SC explica ainda que “a sociedade precisa estar ciente que a história não irá perdoar essa omissão da classe política. Perder a Petrobrás e tudo que ela significa, deixando só a região sudeste receber esses benefícios da companhia, é imperdoável”, completa Dal Zot.
Um manifesto público foi tirado desse encontro e será encaminhado aos parlamentares em Brasília. Novas audiência públicas serão agendadas para discutir o tema com representantes dos governos federal e estadual.