Petroleiros do Paraná e Santa Catarina participam da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora

► Centrais sindicais organizaram manifestação em São Paulo para pressionar pelo atendimento da pauta dos trabalhadores.

Mais de 40 mil pessoas participaram da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora na última quarta-feira, dia 09/04. Tradicionalmente realizada em Brasília, a atividade que reúne as centrais sindicais CUT, CGTB, CTB, FS, NV e UGT foi realizada neste ano em São Paulo.

Caravanas de sindicatos de trabalhadores de todo o país participaram da manifestação. O Sindipetro Paraná e Santa Catarina organizou a representação da categoria com um ônibus, que saiu de Curitiba na noite do dia anterior.

O movimento começou com a ocupação da Praça da Sé pela militância, juntamente com a realização de um grande ato político das centrais. Em seguida, a massa operária marchou pela Avenida Paulista. A manifestação tem o objetivo de pressionar governos e patrões pelo atendimento da pauta dos trabalhadores (veja a íntegra abaixo), cujos pontos de destaque são a manutenção da política de valorização do salário mínimo (inflação + variação do PIB do ano anterior), redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas sem diminuição de salários, valorização das aposentadorias e fim dos leilões do petróleo.

Mais pressão
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que serão feitas mais manifestações e até mais intensas acaso a pauta dos trabalhadores não seja atendida pelos governos e Congresso. “É muita gente aqui para os governos não atenderem e mostrarmos que, mais uma vez, prevaleceu nossa unidade. A mesma que unificou CUT, Força e UGT para eleger o companheiro João Felício (Secretário Internacional da Central) como presidente da CSI (Central Sindical Internacional). Não há movimento mais organizado que o brasileiro e, se não formos atendidos, faremos manifestações maiores que essa”, alertou.

Confira a pauta completa da marcha:
– Manutenção da política de valorização do salário mínimo;
– Redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário
– Fim do fator previdenciário
– 10% do PIB para a educação
– 10% do Orçamento da União à saúde
– Reforma agrária e agrícola
– Regulamentação da Convenção 151 da OIT (Negociação coletiva no setor público)
– Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT
– Igualdade de oportunidades e de salários entre homens e mulheres
– Valorização das aposentadorias
– Redução dos juros e do superávit primário
– Correção e progressividade da tabela do Imposto de Renda
– Não ao Projeto de Lei 4330, da terceirização
– Transporte público de qualidade
– Fim dos leilões do petróleo