Davi Macedo – Sindipetro PR e SC
A sessão da tarde desta terça-feira (26), com os grupos de turno 1, 2 e 5 da Repar, encerrou a rodada de quinze assembleias nas bases do Paraná e Santa Catarina, iniciada na última quinta (21).
O resultado foi de rejeição por unanimidade da primeira contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Sistema Petrobrás (Petrobrás, Transpetro, PBio, TBG e Termobahia). O segundo ponto de pauta, sobre assembleia em caráter permanente, foi chancelado por 99% dos participantes.
Ambos os indicativos vieram do Conselho Deliberativo da FUP, que avaliou como insuficiente essa primeira contraproposta das empresas em torno das reivindicações dos petroleiros e petroleiras para o ACT 2023/2024. A gestão da Petrobrás apresentou apenas algumas conquistas pontuais em questões que já eram prática da empresa, mas foram retiradas no governo Bolsonaro, como a reposição da inflação e a manutenção da data-base.
Retomada das negociações
Diante do quadro nacional, a FUP enviou ao RH da Petrobrás documento cobrando a retomada imediata das negociações já nesta terça-feira (26), propondo um calendário temático, começando pela AMS e prosseguindo nos dias 27 e 28 com os demais capítulos do ACT.
A Petrobrás atendeu à solicitação da FUP e as negociações recomeçaram nesta terça, em formato híbrido, com foco nos temas abaixo:
26/09: AMS.
27/09: SMS, efetivo e transferências, tabelas de turno, HETT, fim do banco de horas, paradas de manutenção, diversidade (combate ao assédio, licenças maternidade e paternidade).
28/09: Perdas acumuladas e ganho real, remuneração variável (unificação da PLR e fim do PPP), plano de cargos (unificação do PCAC e PCR), benefícios, teletrabalho, cultura organizacional, relações sindicais, anistia (reintegração de demitidos e reversão das punições políticas dos governos Temer e Bolsonaro) e prestadores de serviços.
Antecipação da inflação
Em atendimento à cobrança da FUP e de seus sindicatos, a Petrobrás e subsidiárias irão pagar na próxima sexta-feira, 29, a antecipação da correção dos salários pela inflação acumulada nos últimos 12 meses. O reajuste será pelo IPCA (4,61%) e retroativo a primeiro de setembro de 2023.
Além da reposição da inflação, a pauta de reivindicação da categoria petroleira cobra ganho real de 3% e a correção de 3,8% referente às perdas inflacionárias acumuladas desde 2016.
Com informações da FUP