#PetroleirosNaLuta: Não há saída individual. A luta é coletiva

 

Trabalhadores do Sistema Petrobrás realizaram mobilizações nas unidades da empresa em diversas regiões do país. São recados claros de que haverá luta permanente contra o maior desmonte da história da companhia

 

 

Semana marcada por mobilizações nacionais. Os atos convocados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pelos Sindicatos filiados mostraram que há unidade nacional em defesa do Sistema Petrobrás. Os protestos aconteceram nas bases da Transpetro, refinarias, fábricas de fertilizantes, áreas de E&P, termoelétricas, bases administrativas e usinas de biodiesel. “A gente quer passar o recado da insatisfação da categoria. Cada vez mais levar esse debate e ficar mais próximo de quem está aqui dentro da empresa. Nossa luta é pela manutenção e defesa dos nossos empregos”, explicou Mário Dal Zot, presidente do SindipetroPReSC, durante ato na Repar (31).

 

No Paraná, as mobilizações aconteceram na base da Transpetro, em Paranaguá; na Repar e Fafen, em Araucária; e na SIX, em São Mateus do Sul. A mensagem da semana ficou clara: os petroleiros estão dispostos a se mobilizar para garantir direitos conquistados e impedir o desmonte da companhia. “Vai ter resistência. E, para defender uma empresa pública, a primeira etapa é defender o ACT, pois nele estão cláusulas que garantem nosso emprego e é exatamente isso que a atual gestão da Petrobrás quer retirar”, completou Mário, se referindo a estratégia da atual gestão de enfraquecer o Acordo Coletivo dos Trabalhadores para agradar os possíveis compradores. 

 

Para o Sindipetro, as mobilizações dão um recado claro aos que aqui pensam em investir achando que tudo será entregue de mão beijada. Os petroleiros vão lutar contra privatizações, ameaças de demissão, retiradas de direitos, ataque à organização dos trabalhadores e reajuste que não cobre sequer a metade da inflação do período. O ACT teve 100% de rejeição da categoria, mas a empresa insiste em defende-lo.

 

Para o coordenador da FUP, José Maria Rangel, os ataques contra o Acordo Coletivo atingem petroleiros, terceirizados e contratados. Por isso a luta é de todos: “o nosso ACT tem cláusulas que tentam dar dignidade aos trabalhadores terceirizados e que a Petrobrás quer retirar. Queremos garantir que o FGTS e o INSS sejam recolhidos e que o trabalhador receba suas verbas rescisórias no final dos contratos”. O fundo garantidor é assegurado na cláusula 101 do atual Acordo e são itens como esse que a empresa quer extinguir.