Política de desinvestimento do Governo Federal pode gerar um colapso econômico em Araucária

Período tenso e intenso para os trabalhadores da Petrobrás. A categoria está mobilizada, realizando assembleias em todas as bases da FUP, para decidir sobre o indicativo de greve nacional em primeiro de fevereiro. Os encontros acontecem até 28 de janeiro e, além de denunciar as demissões em massa na Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR), exige que a estatal respeite o Acordo Coletivo de Trabalho.

O certo é que os trabalhadores têm motivos para se preocupar e se mobilizar. Não por acaso, os companheiros da Fafen-PR entraram hoje (24) no quarto dia de protestos, acorrentados em frente ao portão de entrada da fábrica. O recado que fica, sobre o que está acontecendo com os petroquímicos, é que isso pode acontecer em outras unidades, se não houver reação.

Diante disso, o Sindipetro PR e SC procura conscientizar os petroleiros para lutar contra as demissões em massa. O primeiro passo é a participação nas assembleias.

=> Confira o calendário de assembleias

Para o presidente do sindicato, Mário Dal Zot, “o que tem que ficar claro é que essa política de desinvestimento adotada pela Petrobrás não gera emprego e renda. E é isso que o Paraná e o Brasil precisam”. Ele aponta que esse processo de desmonte em curso na estatal gerará desemprego ou empregos precários.

“O que precisamos é de mais investimentos, não o contrário. Seja da iniciativa pública ou privada. Há necessidade de se gerar empregos e movimentar a economia.  A grana que está vindo de fora, com privatização, vem para precarizar as relações de trabalho. Veja o exemplo da Fafen-PR”, completa o presidente do Sindipetro PR e SC.

Para a sindicato, essa atual política econômica brasileira irá acabar com mercados regionais, gerando uma onda de desemprego. Algo que não vai atingir só Araucária, mas toda região metropolitana de Curitiba.

Além disso, a insegurança que o caso Fafen-PR gera, coloca os trabalhadores da Repar, Transpetro e da Usina do Xisto em alerta.

É fundamental que trabalhadores, sociedade e políticos das regiões com unidades da Petrobrás se manifestem contra esse processo.