A sessão das 15h30 desta quinta-feira (23), com os trabalhadores do Grupo 3 da Repar, encerrou a série de 19 assembleias realizadas nas unidades do Sistema Petrobrás nos estados do Paraná e Santa Catarina.
Mesmo com os apelos da direção da empresa e o assédio dos gestores locais, a proposta da Petrobrás para o Termo Aditivo do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2017 foi amplamente rechaçada, com 397 votos pela aprovação do indicativo de rejeição da FUP e sindicatos. Foram registrados apenas 15 votos contrários ao indicativo e 27 abstenções.
O segundo ponto de pauta das assembleias, paralisações a qualquer momento a partir do dia 23, também foi aprovado por expressiva maioria: 345 favoráveis, 38 contrários e 57 abstenções. No total, 439 petroleiros participaram das assembleias.
Com esses resultados, as assembleias reafirmam a resistência da categoria petroleira frente aos desmandos dessa gestão ilegítima da estatal, cujas ações se resumem a arrochar salários, retirar direitos e vender importantes ativos, ou seja, tenta destruir a Petrobrás, empresa que é patrimônio de todo o povo brasileiro.
Apelação
Ainda nesta quinta-feira (22) a direção da Petrobras fez um novo comunicado à força de trabalho na tentativa de “sensibilizar” a categoria para o que ela chama de “proposta final” e “limite do que é financeiramente responsável”. Por várias vezes, clama pela reflexão dos petroleiros diante do “momento difícil atravessado pela empresa e pela economia do país”.
Em outro trecho, o informativo soa até irônico ao convocar todos para o “momento de unir esforços para superar, conjuntamente, as adversidades. É hora de seguirmos trabalhando juntos para recuperar a saúde financeira que garantirá não apenas o presente, mas o futuro da Petrobras”.
O momento realmente é de união pela empresa, mas para impedir a privatização, a precarização, o arrocho e a retirada de direitos, não para dar um cheque em branco para o Pedro Quemente continuar praticando esses absurdos.
