Repar rompe com protocolo de testagem da Covid-19

Juce Lopes
Diante da negligência da Repar, Sindipetro PR e SC fez a testagem do Grupo B

Sindicato denuncia que trabalhadores do grupo “E” ficaram sem exames de coronavírus.

 

Davi Macedo – Sindipetro PR e SC

 

A contradição entre o discurso e a prática está cada vez mais evidente nas posturas dos gestores da Petrobrás. Os petroleiros do grupo de turno de revezamento ininterrupto “E” da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, iniciaram nova jornada de trabalho às 19h30 desta terça-feira (20), mas não foram submetidos ao teste para aferição do coronavírus.

 

A partir de abril, a gestão da Repar passou a realizar a testagem dos empregados do regime de turno no primeiro dia após o intervalo de folga. Com a ausência dos exames, a empresa rompeu o seu próprio protocolo de segurança sanitária.

 

O problema não é novidade. No último sábado (17) o Sindipetro Paraná e Santa Catarina teve que fazer um “testaço” (leia aqui) para que os petroleiros do grupo “B” pudessem iniciar nova jornada com o mínimo de segurança. Isso ocorreu diante da demora da Refinaria em responder ao Comunicado Sindical (confira no link dos anexos abaixo) que cobrava o protocolo de testes após a assembleia que deliberou pelo encerramento da greve na unidade.

 

A carta de retorno da Repar (confira no link dos anexos abaixo) só chegou ao Sindicato por volta das 18h00 do sábado, há apenas 01h30 do início do turno, quando o grupo já havia sido testado por equipe de profissionais de saúde contratada pela entidade.

 

Com a nova incidência de ruptura do protocolo sanitário, os trabalhadores do grupo “E” estão há 20 dias sem a testagem.

 

É nessa toada de desprezo à vida que a empresa age durante a pandemia. A desfaçatez é tamanha que na frente de autoridades de órgãos públicos os gestores alegam que os protocolos de segurança sanitária adotados são rígidos e garantem que ninguém vai se contaminar nas dependências das unidades, a ponto de poder incluir mais dois mil trabalhadores na parada de manutenção da Repar.

 

Já a realidade nas refinarias da Petrobrás é bem diferente. A situação é tão crítica que o Sindipetro PR e SC emitiu mais de 70 Comunicados Sindicais (CS) à Petrobrás nesses primeiros quatro meses de 2021, a ampla maioria com cobranças de providências relativas à segurança laboral na pandemia. Inclusive esse último caso de não testagem foi mais um motivo para notificar a empresa (confira no link dos anexos abaixo).

 

Os trabalhadores que porventura tiveram contato com o grupo “E” devem contatar a gestão da Refinaria para buscar orientações sobre como devem proceder diante da falha no protocolo de segurança sanitária.  

 

Denuncie!

Qualquer situação de risco de contaminação na Refinaria deve ser comunicada imediatamente ao Sindicato, tais como aglomerações em oficinas, containers, refeitórios, transporte e alojamento, de preferência com registros. As denúncias devem ser feitas através do e-mail denuncia@sindipetroprsc.org.br ou do telefone (41) 3332-4554. Se preferir, trate o assunto diretamente com os dirigentes sindicais nos locais de trabalho.

 

 

CS Retorno do Grupo B
Carta Reposta RH Petrobrás – CS Retorno do Grupo B
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