Petroleiros lembraram a importância da função social da estatal e denunciaram as privatizações das refinarias.
Representantes do Sindipetro PR e SC estiveram em Brasília, no dia 24 de novembro, para participar de audiência pública realizada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), da Câmara dos Deputados. O objetivo era debater a atual política de preços da Petrobras (PPI), que vem desde 2016 prejudicando toda a população com os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis.
Na audiência, foi discutido o Projeto de Lei 9187/2017, de autoria do ex-deputado Marco Maia (PT-RS). A proposta impõe limites para os reajustes dos derivados, que só poderão acontecer de forma mensal ou anual e de acordo com variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Participaram da audiência e reuniões o presidente do Sindicato, Alexandro Guilherme Jorge; o coordenador da Secretaria de Aposentados, Pensionistas e Previdência do Sindicato, Antônio Carlos Silva; e o presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro), Mário Dal Zot. Além do coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar.
Em sua fala na audiência, Dal Zot ressaltou que a estatal vai distribuir nesse ano cerca de R$ 70 bilhões para seus acionistas. No entanto, segundo o presidente da Anapetro, ela deveria investir no país para gerar emprego e estimular a industrialização. “Com tudo que a Petrobras está recebendo e ganhando, ela ainda está vendendo refinarias. Vendeu a refinaria da Bahia, vendeu a refinaria de Manaus, vendeu a SIX no Paraná e está com mais cinco refinarias a venda. Para quê? Para justificar a adoção desse preço internacional, onde na verdade faltam refinarias no Brasil, para estimular o emprego, para estimular a industrialização, e isso eles não estão fazendo”, afirmou.
Assista aqui a audiência:
Texto: Juce Lopes