Assembleia

Tecnokip volta a atrasar salários e trabalhadores aprovam greve a partir de quinta (15)

Após mais uma ocorrência de atraso salarial por parte da Tecnokip, o Sindipetro Paraná e Santa Catarina reuniu os trabalhadores e trabalhadoras que atuam no Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar) em assembleia geral na manhã desta segunda-feira (12).

O resultado foi a aprovação unânime dos indicativos de greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (15) e de assembleia em caráter permanente.

A empresa já havia atrasado os vencimentos do mês de fevereiro e agora está inadimplente com a folha de abril. Uma situação que gera revolta entre a categoria, expressada na decisão da assembleia.

Na última sexta-feira (9), os trabalhadores da Tecnokip paralisaram as atividades no período da manhã como forma de protesto diante do não pagamento dos salários. “Não há mais confiança alguma na palavra da empresa. Na quinta-feira alegaram problemas bancários e disseram que o pagamento cairia na sexta, mas sequer apresentaram os comprovantes. O que causa mais preocupação ainda é o fato de a Tecnokip estar perdendo contratos por todo o país e isso aponta para problemas financeiros. Então, a luta passa a ser também pela manutenção dos empregos. Eu acredito que será uma greve forte e longa”, avalia Thiago Olivetti, secretário do setor privado do Sindipetro PR e SC.

O Sindicato acionou por diversas vezes a Transpetro sobre a situação na Tecnokip. A companhia oficiou a prestadora, que tem prazo até a próxima quarta-feira (14) para se posicionar.

A assembleia desta segunda contou com o reforço de representantes dos Sindicato dos Metalúrgicos de Paranaguá (Stimme). As categorias estreitam laços para estabelecer ações conjuntas visando garantir melhores condições para todos os prestadores de serviços no Tepar.

Acúmulo de problemas

Não bastassem os recorrentes atrasos salariais, a Tecnokip é uma verdadeira mina de problemas em relação às condições de trabalho. A empresa contratou um novo plano de saúde, tendo em vista que o anterior deixou de atender os trabalhadores também por falta de pagamento. Plano odontológico não existe mais, apesar da previsão em contrato e Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) estão em situação de precariedade e os depósitos em atraso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não aparecem nos extratos individuais, apesar de a Tecnokip alegar ter efetuado.

Agora é greve!
A categoria decidiu e a resposta está dada: ou a Tecnokip soluciona os problemas (salários atrasados, FGTS, plano de saúde e condições de trabalho), ou a partir de quinta-feira (15) é greve por tempo indeterminado!

E mais: em greve, hão há espaço para assédio ou intimidação. Qualquer tentativa de coação por parte da gestão da empresa deve ser denunciada imediatamente. O Sindipetro PR e SC está de prontidão para defender cada trabalhador e trabalhadora!

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