65% dos petroleiros do Paraná e Santa Catarina acreditam que as medidas da Petrobrás são insuficientes no combate ao Covid-19

Boa parte da categoria participou do mapeamento que o Sindipetro PR e SC fez nos últimos dias junto aos trabalhadores. O resultado da pesquisa sobre condições de trabalho no período do novo coronavírus vai guiar as ações da entidade

 

O questionário do Sindipetro PR e SC realizado nas primeiras semanas do mês de abril teve participação significativa dos petroleiros. Sobre as medidas da Petrobrás no combate ao Covid-19, 65% dos trabalhadores que responderam ao sindicato acreditam ser insuficientes as ações da empresa. “O objetivo da pesquisa foi mapear a posição da categoria em relação a preservação da saúde, segurança e direitos dos trabalhadores”, explicou Alex Guilherme, dirigente do Sindicato.

 

 

Além de demonstrar descontentamento com as medidas de prevenção da Petrobrás, os trabalhadores fizeram alguns apontamentos e sugestões para melhorar a proteção em relação ao Covid-19 (as respostas preservam o anonimato).

 

De acordo com a categoria:

 

:: A questão do corrimão obrigatório na Repar neste momento tornou-se uma questão de risco.

 

:: Assim como o aglomero de operadores em local fechado.  

 

:: Outro problema é o carro usado por muitos operadores que é compartilhado.

 

:: O micro ônibus de turno continua lotado. Relato de 14 usuários em uma única rota.

 

:: Ferramentas de trabalho como o rádio não são de uso individual. Nesse caso, a categoria sugeriu alternativas mais seguras e individuais, como microfones de lapela e capa de proteção no equipamento.

 

:: Os trabalhadores consideram que o ideal seria a disponibilidade do teste rápido para o Covid-19. Segundo os petroleiros, isso deveria ser feito imediatamente e começando pelos mais confinados e de maior risco de contágio.

 

:: Também a Petrobrás poderia disponibilizar máscaras cirúrgicas ou de pano, aumentar pontos estratégicos dentro da unidade com álcool 70.

 

:: Outra questão que a companhia deixa a desejar é em relação ao monitoramento contínuo e preciso da temperatura dos funcionários. De acordo com trabalhadores, a termografia feita na entrada da Repar sempre mostra 33 graus!

 

:: Por fim, a Petrobrás poderia fazer avaliações médicas periódicas em cada funcionário.

 

Para o Sindipetro PR e SC, os relatos são de fundamental importância e nortearão os passos da entidade.

 

*Esta é a primeira de uma série de matérias sobre os resultados da pesquisa (saiba mais AQUI). O objetivo é difundir a opinião dos petroleiros sobre as condições de trabalho durante a pandemia.