Bolsonaro acelera privatização da empresa; sob seu governo já foram vendidos 63 ativos da empresa
Nesta semana, a Petrobrás completou 69 anos. No entanto, há mais motivos para mobilização em defesa da maior empresa do Brasil do que para comemoração. Nos últimos anos, a estatal tem sido submetida ao maior processo de desmonte da sua história. Somente no governo Bolsonaro, 63 ativos foram vendidos, o que coloca em risco a soberania nacional no setor de petróleo e gás, com o intuito de atender a interesses do mercado internacional. Ao acelerar a privatização da estatal, o atual governo expõe a população a preços de combustíveis que não estão no patamar do bolso do povo brasileiro, além de acabar com a função estratégica da empresa de garantir a produção do petróleo do poço ao posto e estimular o desenvolvimento econômico e social do país.
Contrários a essa política que castiga a população para beneficiar a distribuição de lucros exorbitantes aos acionistas, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados convocam atos em defesa da Petrobrás para esta sexta-feira (07). No Paraná, as manifestações irão ocorrer em frente a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, e na Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul, a partir das 07h. Aliás, no primeiro dia deste mês, a SIX virou uma subsidiária no processo de entrega daquela unidade. A usina está em um processo avançado de venda, por meio de uma operação fraudulenta para o grupo canadense Forbes & Manhattan.
O presidente da Anapetro (Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás) e diretor do Sindipetro PR e SC, Mário Dalzot, explicou que existem vários indícios de favorecimento à instituição estrangeira. “A compradora está envolvida em escândalo no passado no processo de internacionalização da SIX, entre outras falcatruas que envolvem o processo de venda, temos certeza que a venda será anulada após avaliação do judiciário”, afirmou.
A luta em defesa da Petrobrás é de todo o povo brasileiro. É preciso defender a soberania nacional, impedir a privatização e lutar para que a estatal reincorpore no seu patrimônio as refinarias, a BR Distribuidora, as termoelétricas, os gasodutos, os terminais, os campos de petróleo, as usinas eólicas, e outros ativos vendidos durante os (des)governos Bolsonaro e Temer. Para que, assim como foi durante os governos Lula e Dilma Rousseff, a empresa volte a servir como indutora do desenvolvimento do país, abrasileirando os preços dos combustíveis e diminuindo a dependência de importações.
Nos governos anteriores, a estatal tinha um papel central no projeto pensado para o Brasil, com investimentos via royalties do pré-sal em saúde e educação. Privatizar a Petrobrás é entregar nossas riquezas para outras nações, como aconteceu em outros períodos da nossa história com o ouro e o pau-brasil. O Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina reafirma que somente a mudança na condução política do país pode fazer a Petrobrás voltar a assumir o seu papel enquanto empresa estatal, a serviço do povo brasileiro. É preciso acabar com o entreguismo. Venha fazer parte dessa mudança!
Quem defende o Brasil, defende a Petrobrás.
:: Serviço
07/10 – Ato Nacional às 07h na REPAR – Endereço: BR-476, Rod. do Xisto, KM 16 (Araucária)
07/10 – Ato às 07h na SIX – Endereço: PR-364, nº 128 (São Mateus do Sul)