A intransigência da gestão da Petrobras continua; empresa ignora as pautas do movimento grevista
Na manhã dessa quarta-feira (28), petroleiros protestaram mais uma vez com trancaço na entrada da Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR). O objetivo foi denunciar a falta de segurança dos trabalhadores e o possível fechamento da unidade.
Para o dirigente do Sindipetro PR e SC, Rafael Palenske, é importante a “conscientização da força de trabalho a respeito dos temas”. O movimento grevista iniciou no dia 26 de março e reivindica informações quanto a um possível processo de mobilidade dentro da empresa diante do cenário privatista, além de denunciar o sucateamento dos equipamentos e a inconsequente redução de técnicos de segurança no turno ininterrupto de trabalho.
A empresa não quis negociar uma equipe de contingência durante a greve, algo preocupante e que deveria ser motivo de alerta para os gestores municipais, pois realocar trabalhadores para assumir funções das quais não são devidamente treinados remete a um potencial risco de acidente nas instalações, o que consequentemente atingiria a comunidade do entorno da usina.
O sindicato dispõe de equipe de contingência devidamente habilitada para a segura continuidade operacional nesse período de paralisação. No entanto, esses trabalhadores são impedidos de acessar a unidade para garantir fabricar os produtos essenciais à população. Mais uma vez a empresa se mostra irresponsável frente à segurança de seus funcionários, meio ambiente e saúde das pessoas.
Enquanto não houver a abertura de negociação das pautas, os trabalhadores do Xisto continuarão a expor os absurdos praticados por essa gestão da Petrobrás, que preza pelo lucro em detrimento de vidas.
Por Juce Lopes, estagiária sob supervisão de Davi Macedo (MTb 5462)