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Classe Trabalhadora

Petroleiros que atuaram na criação da CUT no Paraná foram homenageados no evento dos 41 anos da Central

Lideranças sindicais, políticas e dos movimentos sociais lotaram o Restaurante Nina, em Curitiba, na noite de quarta-feira (28). Na data do aniversário da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os fundadores da CUT Paraná foram homenageados em um evento com muita confraternização, memória, tributos e emoção.

Além de uma extensa apresentação com os pontos fundamentais para a criação da CUT Paraná, realizada pelo ex-presidente Roberto Von der Osten, a noite foi marcada por uma homenagem ao dirigente David Pereira de Vasconcelos, falecido na última terça-feira (27) e liderança histórica do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Curitiba (Sintracon) e da classe trabalhadora. “Em determinado momento dizíamos que a CUT Paraná estava na pasta do Seu David”, lembrou Von der Osten.

Paulo Roberto Cequinel, petroleiro homenageado no aniversário da CUT

O petroleiro aposentado Paulo Roberto Cequinel foi um dos homenageados. Secretário de política sindical da CUT-PR no início dos anos 80, passou pelo cargo de secretário geral e presidiu a instituição entre os anos de 1987 e 1989. “Evento bacana porque nós, os dinossauros do movimento sindical paranaense, estávamos todos lá, ou pelo menos quase todos. É sempre bom rever companheiros e companheiras que trabalharam junto com você, que idealizaram a CUT. A construção da CUT foi uma obra coletiva. E continua sendo”, destacou Cequinel.

Natálio Stica foi outro petroleiro que participou do evento. Apesar de nunca ter ocupado cargo na Direção da CUT Paraná, é figura importante na criação da entidade. “Quando me perguntam quando a CUT começou, eu digo que aconteceu entre o final dos anos 70 e início dos anos 80, com o movimento do novo sindicalismo. Naquela época, eu e o companheiro Geraldo Mendonça começávamos a organizar uma chapa de oposição no Sindipetro Paraná. Era um período difícil, de ditadura militar. Nossas reuniões para formação da chapa aconteciam num setor chamado CTE (chumbo tetraetila), onde se misturava chumbo na gasolina para aumentar a octanagem, um verdadeiro veneno. Os chefes tinham medo de ir lá, então a gente podia ficar tranquilo”, recordou.

O petroleiro Natálio Stica também atuou na fundação da CUT-PR

O grupo de oposição não conseguiu formar chapa e decidiu fazer uma composição. “Eu, o Geraldo Mendonça, o Taborda, o Silva e mais alguns companheiros saímos como diretores sindicais em 1981. Lá dentro do Sindicato, começamos a organizar nossa chapa e, claro, incomodávamos o pessoal da Direção. Como já éramos diretores de base, ficou mais fácil fazer os contatos e convites para a nossa chapa. Aí vieram outros companheiros, como o Cequinel, o Amadeu, o Pascoal e vários outros. Formamos a chapa pura, que foi vitoriosa em 1984, já com a intenção de se filiar à CUT”, afirmou Stica.

“Quando assumimos o Sindicato, designamos o Geraldo Mendonça e o Cequinel para acompanhar a criação da CUT no Paraná. O Sindipetro foi um dos pilares para a fundação da Central no estado”, completou.

O Sindipetro PR e SC tem orgulho não apenas de ter ajudado a fundar a CUT no Paraná, mas de estar permanentemente nesta construção coletiva que é a Central Única dos Trabalhadores. Hoje não é mais a única, mas é a maior, mais representativa e mais combativa Central Sindical da América Latina. Parabéns à CUT pelos seus 41 anos, celebrados neste 28 de agosto de 2024.