A rodada de assembleias convocada pelo Sindipetro para avaliar o indicativo de greve dos trabalhadores do Sistema Petrobrás foi concluída na tarde desta quinta-feira (11). No total, 11 sessões ocorreram nas bases do Paraná e Santa Catarina, resultando em 86% de votos favoráveis, 7% contrários e 7% de abstenções.
A ampla aprovação evidencia a insatisfação acumulada diante de um cenário que continua distante das necessidades da categoria. Embora as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) tenham apresentado alguns avanços, a última contraproposta entregue pela empresa em 9 de dezembro trouxe também retrocessos e não respondeu aos três eixos centrais defendidos pelos petroleiros e aprovados anteriormente em assembleias: o fim dos PEDs, a distribuição justa da riqueza produzida e a pauta pelo Brasil Soberano.
O presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, ressaltou que o momento é de luta. “A maioria expressiva das assembleias aprovou a greve. Estão cansados da forma como a gestão tem tratado esse processo e precisamos resolver o ACT, plano de cargos, a falta de efetivo, precisamos resolver os PEDs, precisamos acabar com esse risco de privatizações e com essa voracidade das terceirizações nas nossas unidades. Com tanto problema, tanto B.O., não há outro caminho que não seja a mobilização”, afirmou.
A gestão da Petrobrás demonstra pouca disposição em construir uma solução efetiva para o ACT. A contraproposta apresentada, tratada internamente pela Petrobrás como um “último esforço”, foi rejeitada pela FUP em mesa por não atender às demandas discutidas entre as partes. A decisão pela paralisação também decorre do esvaziamento do processo de negociação. Enquanto a FUP e seus sindicatos colocam suas principais lideranças nas mesas de discussão, a Petrobrás e suas subsidiárias enviam representantes intermediários, sem poder de deliberação, que não conseguem retornar à direção com respostas concretas.
Diante do impasse, os sindicatos da Federação estão notificando as empresas do Sistema Petrobrás sobre a deflagração da greve, com início à 00h do dia 15, início da madrugada de segunda-feira, e prometem uma mobilização capaz de pressionar por avanços reais nas negociações.
Quando a situação é GRAVE, a solução é GREVE!
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Por Juce Lopes
Com informações da FUP