O primeiro dia da greve nacional dos petroleiros e petroleiras no Paraná e em Santa Catarina foi marcado por forte adesão nas bases do Sistema Petrobrás. A paralisação alcançou as unidades da Transpetro, TBG e Petrobrás nos dois estados, demonstrando a disposição de luta da categoria.
Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), um grande ato político e sindical reuniu trabalhadores, dirigentes e lideranças solidárias à greve. Participaram da atividade o deputado federal Tadeu Veneri (PT), que se comprometeu a atuar na busca de soluções para os Planos de Equacionamento de Déficit da Petros (PEDs), o presidente da CUT-PR, Márcio Kieller, além da equipe do mandato da deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT), representado por Hellen Rosa. As falas reforçaram a legitimidade do movimento e a centralidade das pautas petroleiras na defesa dos direitos da classe trabalhadora e na defesa da companhia enquanto empresa pública e integrada. Confira as explanações aqui.
Ainda pela manhã, durante o ato, o Sindipetro PR e SC protocolou pedido formal de liberação dos turneiros e turneiras que aguardavam rendição na refinaria. Os trabalhadores, que ingressaram na unidade às 19h do domingo (14), permaneceram mais de 25 horas retidos no interior da Repar. A equipe havia expressado através de abaixo-assinado a intenção de exercer o direito legítimo de participar da greve, mas a gestão optou por impedir a saída, numa tentativa de desgastar o grupo, enquanto os fura-greves dormiam em sala preparada.
A situação se agravou ao longo do dia e gerou indignação na diretoria do Sindicato. Além da permanência forçada por horas que ultrapassaram a jornada, os trabalhadores ficaram sem almoço até às 14h, violando um direito básico. O impasse só foi solucionado após o presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, intervir diretamente junto à gestão da unidade, o que resultou no fornecimento da alimentação à equipe retida.
A rendição dos trabalhadores ocorreu apenas às 20h30 desta segunda-feira (15), depois de intensa pressão sindical. Foram mais de 25 horas presos dentro da unidade, em uma prática que escancarou a tentativa da empresa de constranger a categoria e criar obstáculos à greve. Veja aqui o momento em que os trabalhadores são liberados.
Além disso, a gestão apresentou um documento no qual solicitava por trabalhadores, o que para o Sindicato representaria o encerramento da greve. Após análise da assessoria jurídica do Sindipetro PR e SC, o conteúdo foi rechaçado. Como resposta, o Sindicato encaminhou uma manifestação formal, reafirmando a legalidade do movimento e denunciando as condutas adotadas pela empresa e cobrando a negociação, conforme prevê a lei de greve. Leia aqui.
No período da tarde, a categoria se reuniu com diretores sindicais para debater os eixos da campanha reivindicatória e esclarecer dúvidas sobre os direitos durante o período de greve. Encontros semelhantes ocorreram nas demais bases do Paraná e de Santa Catarina, onde a organização e o diálogo com a categoria marcaram o dia. O movimento também ocorreu em diversas cidades brasileiras com unidades do Sistema Petrobrás.
À noite, a diretoria do Sindipetro PR e SC voltou a se reunir com os trabalhadores de turno da refinaria para fazer um balanço político e organizativo do primeiro dia de greve, avaliando os próximos passos da mobilização, que segue por tempo indeterminado.
Fafen-PR segue resistindo
Os trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) também integraram a mobilização. Mesmo sem a partida da unidade, o Sindiquímica-PR convocou a categoria para um atraso na manhã desta segunda-feira (15), reafirmando a disposição de luta.
Entre as principais pautas estão a incorporação dos petroquímicos ao Sistema Petrobrás e o fortalecimento das subsidiárias.
Confira como foi o ato do primeiro dia de greve
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Confira as fotos do primeiro dia de greve



















































































