A greve nacional da categoria petroleira chegou ao quarto dia nesta quinta-feira (19) com a mobilização ainda mais fortalecida no Paraná e em Santa Catarina. A disposição de luta seguiu presente desde as primeiras horas, com novas adesões, piquetes ativos em todas as bases e intensa circulação de trabalhadores, dirigentes e apoiadores ao longo do dia.
Em Araucária, petroleiros da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia–Brasil (TBG) trancaram a entrada da unidade, reforçando a paralisação e ampliando a adesão ao movimento. A ação contou com a participação de representantes do Sindiquímica-PR e do Sindipetro Unificado de São Paulo, resultando na assinatura de um termo de acordo de greve, que estabelece as condições para a manutenção dos serviços essenciais durante o movimento paredista.

Os piquetes seguiram mobilizados em todas as bases do PR e de SC. Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), mais uma roda de conversa foi realizada no PV1 da unidade. A atividade recebeu o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Robson Fórmica, que abordou a conjuntura internacional e seus impactos sobre a soberania energética, os direitos sociais e o papel das estatais como empresas estratégicas.

Ao longo do dia, os trabalhadores também receberam a visita de diversas lideranças políticas e sindicais, reforçando a solidariedade ao movimento grevista. Ainda no piquete da Repar, estiveram presentes o vereador de Araucária e presidente do Sindimont-PR, Gilmar Lisboa; a vereadora de Curitiba, Vânia de Assis; a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região, Cristiane Zacarias; além de Vandira Oliveira, representando a Fetec-CUT/PR.
Em Santa Catarina, o piquete do Terminal Transpetro de Guaramirim (Temirim) recebeu representantes dos metalúrgicos, trabalhadores dos Correios, que também estão em greve nacional por tempo indeterminado, e dirigentes da CUT-SC, ampliando o diálogo entre categorias que reafirmaram o apoio à greve dos petroleiros.

O quarto dia de paralisação foi encerrado sem avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Diante da postura da empresa, a mobilização segue firme e crescente, com a categoria organizada em todas as unidades e disposta a manter a greve por tempo indeterminado até que haja uma contraproposta que atenda às reivindicações da categoria.
Veja como foi
Confira as fotos do quarto dia de greve




































